quinta-feira, 29 de abril de 2010

1º Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade e 4º Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita

Imagem do objeto

4, 5 e 6 de setembro
Centro de Convenções Rebouças - São Paulo/SP
Associação Brasileira de Pedagogia Espírita
Unisanta (Universidade Santa Cecília)

PROGRAMAÇÃO
Saúde e espiritualidade

• Viagens para o bem-estar - caminhos terapêuticos e pedagógicos
Dr. Robert Cloninger (Universidade Washington, Saint-Louis- EUA)
• Evidências do impacto da espiritualidade sobre a saúde
Dr. Alexander Moreira-Almeida (Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF-MG)
• O ProSer e seus projetos
Dr. Frederico Leão (Hospital João Evangelista/ProSer-USP)
Educação e espiritualidade

• Espiritualidade, educação e diálogo inter-religioso
Drª Marian de Souza (Universidade Católica da Austrália)
Dr. André Andrade Pereira (UFF – Universidade Federal Fluminense)
• Desenvolvimento espiritual na infância e na adolescência
Profª. Laura H. Lippmann, diretora do Education and Data Development Child Trends (Washington DC - EUA)
• Educação, Espiritualidade e Ética
Dr. João Francisco Régis de Morais (Unisal/Unicamp)
• Educação e pluralismo - a história da tolerância
Dr. Alysson Leandro Mascaro (USP)
• Religiões como fonte de valores
Dr. Luiz Jean Lauand (USP) (catolicismo)
Dr. Juarez Tadeu de Paula Xavier (Unicid) (tradições afro-brasileiras)
Dr. Leonildo Silveira Campos (Universidade Metodista) (protestantismo)
Monja Coen Sensei (budismo)
Rabino Alexandre Leone (USP) (judaísmo)
Drª.Dora Incontri (espiritismo)
• A educação, a vida, a morte e a espiritualidade
Dr. Franklin Santana Santos (USP)
Dr. Przemysław Grzybowski (Universisdade de Bydgoszcz – Polônia)
• A religiosidade na Educação em Janusz Korzcak
Drª. Ana Szpiczkowski (USP)
• Comenius, espiritualidade e diálogo inter-religioso
Prof. Luis Augusto Beraldi Colombo (ABPE)
A hipótese da reencarnação e a educação


•Evidências Ciêntíficas da reencarnação?
Dr. Jim Tucker (Universidade de Virginia- EUA)
•Reencarnação e Pedagogia, manifestações e implicações da Índia aos povos indígenas do Canadá
Drª.Antonia Mills (Universidade da Nothern British Columbia-Canadá)
•Reencarnação e Budismo
Prof. Tiago Pires Tatton Ramos (Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF-MG)
•Platão e a reencarnação
Prof. Alessandro Cesar Bigheto (ABPE)
•Implicações terapêuticas e pedagógicas da reencarnação
Dr. Julio Peres (USP)
Drª.Dora Incontri (ABPE/Unisanta)
• Pedagogia da Espiritualidade - Educação das Almas
Prof. Ney Lobo
• Aspectos filosóficos e psicológicos da Educação Espírita
Dr. André Luiz Peixinho (UFBA - Universidade Federal da Bahia)
• A Pedagogia Espírita: uma proposta brasileira
Drª.Dora Incontri (ABPE/Unisanta)
Apresentação de trabalhos orais e posters
Associações


CONVIDADOS INTERNACIONAIS (confirmados)
Antonia Mills, formada em Artes e Ciências, PHD por Harvard, pós-doutora em Ciências Sociais.

Claude Robert Cloninger, doutor em Medicina, psiquiatra e geneticista, conhecido por sua pesquisa pioneira sobre as bases biológicas, psicológicas, sociais e espirituais da saúde e da doença mental.

Jim B. Tucker, doutor em Medicina, é diretor médico da Clínica Psiquiátrica da Família e da Criança e professor assistente da Divisão de Estudos de Percepção e da Divisão de Psiquiatria da Família e da Criança, ambas da Universidade de Virginia USA. Os seu principais interesses na pesquisa acadêmica são crianças que parecem ter recordações de vidas passadas e lembranças pré-natais e de nascimento. Ele é o autor do livro Vida antes da Vida: Uma investigação Científica sobre Crianças com Lembranças de Vidas Passadas, (com tradução em português).


Laura H. Lippman, antropóloga, demógrafa, diretora da Child Trends (Ong de Pesquisa e desenvolvimento da Criança), co-autora do livro What do children need to flourish? (O que as crianças precisam para florecer?) e participa da obra The Handbook of Spiritual Development in Childhood and Adolescence (Manual do Desenvolvimento Espiritual na Infância e na Adolescência), ambos sem tradução em português. Trabalha em escalas de espiritualidade entre os jovens, com o apoio da John Templeton Foundation.

Marian de Souza, Professora Titular da Universidade Católica da Austrália, Editora do Journal of Religious Education (Jornal de Educação Religiosa). Principal organizadora do livro International Handbook of the Religious, Moral and Spiritual Dimensions in Education. (Manual Internacional das Dimensões Religiosa, moral e espiritual da Educação) (sem tradução em português). É conselheira honorária do Centro de Educação Religiosa e Espiritual de Hong Kong e organizadora do 8ª Conferência Internacional para a Espiritualidade da Infância na Universidade Católica da Austrália (2008).


Przemysław Grzybowski, Doutor em Ciências Humanas pela Faculdade de Educação Intercultural na Universidade de Białystok. Docente desta Faculdade. Autor de diversas obras e artigos sobre educação inter-cultural, co-autor de obras sobre Tanatopedagogia. Integrante do movimento internacional de Patch Adams.


CONVIDADOS NACIONAIS (confirmados)


Alessandro Cesar Bigheto, pedagogo, mestre em História da Educação pela Unicamp.

Alexander Moreira-Almeida, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela USP.

Alexandre Leone, rabino da Comunidade Judaica de Alphaville (SP) doutor em cultura judaica na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas –USP.

Alysson Leandro Mascaro, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco).

Ana Szpiczkowski, Profa. Dra. do Curso de Pós Graduação em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas da Universidade de São Paulo.

André Andrade Pereira, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro e doutor em Ciências da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

André Luiz Peixinho, graduado em Medicina, Filosofia e Psicologia, mestre em Medicina Intrena e Doutor em Educação (Unversidade Federal da Bahia – UFBA) Especializado em Terapia regressiva a vivências passadas pelo Woolger Training Internacional (EUA).

Dora Incontri, jornalista, mestre, doutora e pós-doutora em Filosofia da Educação pela USP, diretora da Editora Comenius, coordenadora geral da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, coordenadora da pós-graduação de Pedagogia Espírita pela Unisanta (Universidade Santa Cecília) e pela Unibem (Faculdades Integradas Espíritas).

Franklin Santana Santos, doutor em Medicina pela USP, pós-doutorado em Psicogeriatria pelo Instituto Karolinska na Suécia.

Frederico C. Leão, médico psiquiatra, mestre pela USP, doutor pela PUC-SP. Diretor Executivo do Hospital João Evangelista. Médico do IPQ-HC-Faculdade de Medicina da USP. Coordenador do ProSER (Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade da Insitituto de Psiquiatria-Hospital das Clínicas-FMUSP).

João Francisco Régis de Morais, mestre em Filosofia Social pela Unicamp, doutor e livre-docente pela Unicamp e Professor do Centro Universitário Salesiano.

Juarez Tadeu de Paula Xavier, graduado em Comunicação Social Jornalismo pela PUC-SP, mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela USP.

Julio Peres, psicólogo clínico, doutor em Neurociências pela USP, pós-doutor pelo Center for Mind and Spirituality da Universidade da Pensilvânia.

Leonildo Silveira Campos, graduado em Teologia (Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil) e em Filosofia (Universidade de Mogi das Cruzes), doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo.

Luis Augusto Beraldi Colombo, arquiteto e designer, mestre em Educação, Arte e Cultura pela Universidade Mackenzie.

Monja Coen Sensei, missionária oficial da tradição Soto Shu - Zen Budismo com sede no Japão e é a Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista (SP). Iniciou seus estudos budistas no Zen Center of Los Angeles - ZCLA.

Luiz Jean Lauand, mestre e doutor em História e Filosofia da Educação pela USP. Professor Titular da Faculdade de Educação da USP.

Ney Lobo, graduado em Filosofia, conduziu uma experiência pedagógica nas décadas de 60 e 70, criando a Cidade-Mirim, no Instituto Lins de Vasconcellos, em Curitiba (Paraná).

Tiago Pires Tatton Ramos, psicólogo, com especialização e mestrado em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF/MG.

Para Refletirmos: "Index Librorum prohibitorum"

1º de maio de 1864 Roma, Itália

Os livros de Allan Kardec são incluídos no "Index Librorum prohibitorum" da Igreja Católica.
O Index era uma lista de livros proibidos para os católicos e seu objetivo era impedir que obras consideradas perniciosas desviassem os fiéis da doutrina da igreja ou os corrompessem. A última atualização do Index foi feita em 1948. 
Além das obras espíritas, estiveram nas edições do Index, obras de cientistas, filósofos, pensadores, romancistas e poetas como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume, Immanuel Kant, Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Alexandre Dumas (pai e filho), Voltaire, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Vitor Hugo, Emile Zola, Stendhal, Gustave Flaubert, Anatole France, Honoré de Balzac e muitos outros.

O Index sobreviveu até 1966, quando foi abolido pelo Papa Paulo VI.

Fonte: GEAE

(Artigo divulgado pela FEC)

É sempre bom relembrarmos a história e aquilo que costumamos criticar no outro para ver se não somos nós que repitimos aquilo que mais criticamos.

Falo isto para que possamos parar um pouco e refletir sobre nós mesmos já que soube, há pouco tempo, que alguns espíritas estão quase beirando a criação de uma lista de livros e revistas proibidas ou do mal.

Está na hora de parar de fazer aquilo que não desejamos que façam conosco.

Bjs

ClaudiaC.

domingo, 25 de abril de 2010

Tendo cuidado com os comentários

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“Um guerreiro sabe que as trevas utilizam uma rede invisível para espalhar seu mal. Esta rede pega qualquer informação solta no ar, e a transforma em intriga.

Tudo que é dito a respeito de alguém, sempre termina chegando aos ouvidos dos inimigos dessa pessoa, acrescidos da carga tenebrosa de veneno e maldade.

Por isso, o guerreiro, quando fala das atitudes de seu irmão imagina que ele está presente, escutando o que diz. Assim, desenvolve a arte da prudência e da dignidade.

E fica cada vez mais perto da luz que entrou pela sua janela, e agora ilumina toda sua alma.”

Paulo Coelho

Centro Espírita não comporta Jogos de Azar

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“Toda casa espírita deveria consignar nos seus estatutos a IMPOSSIBILIDADE TOTAL de receber doações de origem duvidosa, quais sejam: fruto de JOGOS DE AZAR, sortilégios, contravenção ou congêneres subsídios de origem político-partidária, etc.
Destacamos, por oportuno, o perigo de quaisquer jogos, pois podem se tornar um vício, colocando sob suspeita a credibilidade da casa, e abalando a tranqüilidade e harmonia de seus freqüentadores. Convém lembrar, igualmente, que os Centros Espíritas, voltados a essa prática, hospedam irmãos da espiritualidade nada convenientes aos serviços fraternos que a casa oferece. Alguns dirigentes adoram jogar, porém, é importante lembrá-los de que, muitas vezes, é a compulsividade pelo jogo, que a psiquiatria define como: jogadores patológicos. Segundo pesquisas, a doença do jogo compulsivo atinge mais de 10% da população mundial. “

Leia mais: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2009/06/centro-espirita-nao-comporta-jogos-de.html#ixzz0m9OaRKMi

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A beleza selvagem da Natureza!

Como uma imagem vale por mil palavras deixo imagens do vulcão da Islândia. Um espetáculo maravilhoso!

Fonte:Eyjafjallajökull eruption 16.4.2010

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Bjs

ClaudiaC.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

1º Treinamento de Atendimento Fraterno de 2010

bem vindos espiritismo net

Olá, pessoal!

A Equipe de AF convida os interessados para o 1º Treinamento de Atendimento Fraterno de 2010, um trabalho de caridade moral, que busca levar consolo e esperança, à luz da Doutrina Espírita, aos corações que passam por aflições.

O objetivo do treinamento é a formação de colaboradores para atuação nesta tarefa no ambiente virtual, seja e-mail ou online (via Paltalk, programa de áudio-conferência).

Sua duração será de 4 semanas, com início em 01/05/2010. Após a finalização, os treinandos capacitados serão convidados para integrar, caso demonstrem interesse e tenham atingido o nível de conhecimento e desempenho esperado, a Equipe de AF

O treinamento também auxilia os trabalhadores do Atendimento Fraterno das Casas Espíritas atualizando-os através dos exercícios propostos.

Mais informações, acesse http://www.espiritismo.net/content,0,0,109,0,0.html.

As solicitações de inscrição serão avaliadas dentro de critérios prévios estabelecidos pela equipe de AF.

Abraços,

André

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Escrito Nas Estrelas – Plano Espiritual 19/04

Alguns comentários sobre o capítulo do dia 19/04, Daniel consegue se comunicar com a médium quando Seth os interrompe dizendo que Daniel é chamado.

Antes de falar sobre o acontecido no mundo espiritual queria comentar algo, muitos tem criticado o fato de uma mulher que aparentemente mistificava fenômenos mediúnicos de uma hora para outra recebe as comunicações de Daniel. Conforme  nos esclarece a questão 226 do O Livro dos Médiuns, a faculdade mediúnica é muitas vezes concedida a pessoas que nos parecem ser  indignas pelo simples fato de que são elas as que mais necessitam desta faculdade para se melhorarem e progredirem.

A mediunidade não é uma faculdade dada aos bons espírito, mas é em sua maioria um instrumento útil ao progresso do médium. Neste sentido é completamente compreensível o ocorrido.

Indo agora ao mundo espiritual onde está Daniel conversando com Athael (Carlos Vereza) e Seth seu anjo guardião.

Athael lhe fala entre outras coisas que ele deve se acalmar para poder compreender porque desencarnou tão jovem, que a escolha, no caso de características da morte, é feita antes do nascimento  e para ele deixa na Terra o que é da Terra.

Esta instruções vão de acordo com a doutrina espírita e demonstram que Daniel ainda está passando pela perturbação, ainda está apegado demais a sua vida física, desejando continuá-la de alguma forma.

Athael fala também que devemos aceitar tudo o que nos é destinado e nos conformar, sendo a única maneira de ter paz e evoluir. A doutrina espírita não nos orienta neste sentido, não estamos aqui apenas para passar por algo que achamos ser destinado, tudo pode ser mudado, a não ser os fenômenos naturais dos quais o homem não tem controle.

A resignação é ter paciência com os sofrimentos enquanto que conformar-se é se acomodar a eles. Resignar-se é compreender mas também procurar aprender com a experiência e mudá-la se houver possibilidade.

O verdadeiro escorregão foi dado pelo Seth ao dizer que os Anjos não podem interferir no livre arbítrio dos humanos. Nos indicando dois seres distintos, este conceito não se afina à doutrina espírita que nos esclarece que os anjos são humanos evoluídos, apenas isto. E no final reforça agora através da imagem, quando olham o pôr do sol, a hora dos anjos, há uma sutileza na cena, onde os humanos permanecem na Terra e os anjos voando no espaço.

Esta história do pôr-do-sol eu vi no filme City of Angels, que mostrava que nesta hora os anjos se reuniam para  ouvir a música que tocava quando o sol se deitava no mar.

Bjs

ClaudiaC.

21/04/2010

Hubble observa planeta orbitando uma estrela

Após anos de suspeitas da existência de planetas em outros sistemas solares no universo, o Telescópio Espacial Hubble captura imagens claras que, pela primeira vez, provam concretamente evidência destes planetas extrasolares.

Credit: NASA, ESA, and M. Estacion (STScI)

Annotated Illustration of Fomalhaut System
Source: Hubblesite.org

Não consegui colocar o vídeo aqui, mas podem acessar no link abaixo.

http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2008/39/video/b/

A citação “Há muitas moradas na casa de meu Pai” está se tornando cada vez mais próxima da realidade científica, não acredito que vá demorar muito para a ciência provar a vida em outro planeta e em outro sistema solar.

Bjs

ClaudiaC.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Histórias de quem passou pela Experiência de Quase-Morte

Reportagem especial mostra relatos sobrenaturais de pessoas que tiveram a EQM e o que pensam as religiões. Band

A voz interior

20/04 - 15:00 - Isis Nóbile Diniz, especial para o iG

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/20/a+voz+interior+9463585.html

No século XIX, a doutrina espírita foi formulada por Allan Kardec tendo como base ciência, filosofia, moral e religião. No Brasil, Chico Xavier popularizou a religião. “Ele combatia a aproximação entre catolicismo e espiritismo. Mas tornou-se um líder religioso em ambos”, diz a antropóloga da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sandra Jacqueline Stoll.

“É muito difícil para o ser humano lidar com a morte”, diz o psicanalista e psiquiatra do Hospital das Clínicas Oswaldo Ferreira Leite. “Diante do desconhecido e da frustração, é um conforto ouvir ou ver o ente querido que faleceu”, explica. Para ele, as emoções interferem no julgamento podendo alterar a percepção da pessoa. Ela passa a ver e a ouvir coisas. “Na verdade, é um processo alucinatório”, diz a professora titular de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Denise Gimenez Ramos.

O estado psicótico, mais grave, pode causar alucinações e perda de noção de realidade. “Ela fala coisas sem sentido e não tem controle sobre si”, explica Denise. Por isso, psicóticos podem aparentar estar possuídos. “A personalidade da pessoa está alterada, não parece mais ser ela mesma”, conta. Outras doenças graves, que podem estar associadas ao ver ou ouvir espíritos, são: transtorno dissociativo de identidade, epilepsia, transtorno bipolar e depressão.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, em 1900, estudou uma prima adolescente que dizia ouvir vozes de pessoas que morreram. “Jung fez doutorado para compreender as mesas espíritas que as pessoas formavam para invocar espíritos. Ele descobriu que nada mais era um tipo de contato que a prima tinha com o próprio inconsciente”, conta Denise.


Os primeiros estudos de Carl Jung mostraram que a mediunidade da prima
era uma forma de contato com o inconsciente (Foto: Getty Images)

Geralmente, a pessoa consegue entrar em contato com seu próprio inconsciente quando está em transe. “O transe favorece o rebaixamento de consciência e a imersão em conteúdos inconscientes”, explica. Para a estudiosa, quando está relaxada, uma pessoa pode entrar em profundo contato consigo mesma e acessar conhecimentos que nem ela sabia que tem. “Nosso cérebro é como computador, capta um monte de coisas que estão acontecendo, mas nossa consciência nem percebe”, afirma Denise. É assim que a ciência explica fenômenos como intuição e insights, aquela ideia brilhante que surge quando está distraído.

O corpo faz milagres.

20/04 - 15:03 - Isis Nóbile Diniz, especial para o iG

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/20/o+corpo+faz+milagres+9463954.html

Existem dois tipos de cirurgias espirituais: com incisão no paciente ou por meio de passes. É corriqueiro encontrar alguém que se submeteu a uma delas e se curou. Seria obra de um espírito que efetua tratamentos espirituais ou da energia transmitida por meio do ritual envolvido? Para o neurologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Renato Sabbatini, nenhum dos dois. “A cada dia que passa a ciência explica fenômenos que, antes, eram tidos como milagres. Por isso que, na Idade Média, existiam mais ‘milagres’ do que atualmente”, conta.

Uma das explicações é o efeito placebo – uma substância ou procedimento inofensivo que possui efeitos terapêuticos. “Nas tribos indígenas dos Estados Unidos, os xamãs acreditavam que a doença era causada por maus espíritos. Quando alguém ficava doente, eles faziam um pequeno corte e jogavam um pedaço da pele e da gordura em uma fogueira”, conta Sabbatini. “Em outros casos, só fingiam realizar um corte e cuspiam na fogueira uma mistura de areia, musgo e sangue do próprio Xamã – a gengiva sangrava ao mastigar a mistura”, completa. Em ambos os casos, o doente se recuperava.

Para se ter uma ideia da potência do método, o efeito placebo de antidepressivos e de remédios como Viagra é de 40%. Os medicamentos, respectivamente, funcionam efetivamente em 65% e 50% dos pesquisados. “Até ratos em laboratório apresentam esse efeito. O cérebro já está condicionado, sabe que se tomar remédio haverá uma melhora”, conta o médico. Além disso, também foi comprovado com estudos científicos que as pessoas que têm fé possuem um sistema imune mais fortalecido. “A pessoa se ajuda quando decide se curar”, diz.


Gravura mostra xamã tratando um doente em uma tribo nos Estados
Unidos: na verdade, a pessoa se cura sozinha (Foto: Getty Images)

Outro detalhe é que muitas doenças são curadas espontaneamente. “Diariamente, o corpo sofre cerca de 20 mutações celulares, que podem gerar um tumor”, conta Sabbatini. O câncer só se instala quando o corpo não reconhece aquela mutação como perigosa e não a combate. “Além disso, muitas outras doenças – com exceção das congênitas ou genéticas – podem se curar sozinhas, como inflamações e até diabetes do tipo dois”, explica. O sistema imunológico cuida, principalmente, das doenças psicossomáticas -- quando o estado mental causa sintomas físicos. “Sem contar que, muitas vezes, a pessoa procura várias alternativas para melhorar. Passa a se alimentar melhor, pratica atividades físicas, toma remédio e recorre à fé”, completa.

Supernatural hoje, científico amanhã
“Hoje, fenômenos que em algum momento foram vistos como supernaturais, uma vez explicado pela ciência, são esquecidos como fenômenos espíritas e entendidos como científicos”, afirma o físico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Henrique Lins de Barros. Um exemplo é o fogo-fátuo. “Trata-se de uma chama rápida produzida por emanação de gás resultante da decomposição de matéria orgânica – como o corpo humano”, explica o também físico do CBPF, Sebastião Alves Dias. “Como o fogo-fátuo aparece em cemitérios, as pessoas achavam que ele era a alma do falecido pegando fogo”, diz Barros.


Fogo fátuo: de almas penadas a simples emanações de gases (Foto: Getty Images)

“Logo após a fotografia ser inventada, em alguns casos, pessoas apareciam nas fotos, como se fossem fantasmas”, conta Barros. “Mas, depois, descobriu-se que, na verdade, tratava-se de duas fotos sobrepostas”, explica. Se o efeito foi feito de maneira proposital, ou não, os charlatões foram desmascarados. “A verdade é que os fenômenos ditos como espirituais são inexplicáveis do ponto de vista da física, porque não conseguimos repeti-los várias vezes com o mesmo resultado”, explica Dias


Como a ciência explica o espiritismo

20/04 - 15:08 - Isis Nóbile Diniz, especial para o iG

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2010/04/20/como+a+ciencia+explica+o+espiritismo+9463955.html

Neste mês, Chico Xavier completaria 100 anos. Mesmo após quase uma década de sua morte, os espíritas continuam idolatrando-o como o médium que deixou de viver a própria vida para confortar os outros. Já os céticos desconfiam de sua capacidade de entrar em contato com os mortos, se é que existe mesmo vida após a morte. E a ciência, a cada dia que passa, dispõe de mais recursos e estudos para explicar, racionalmente, os fenômenos relacionados ao espiritismo.

“A maior dificuldade que os cientistas encontram para checar a mediunidade é enquadrar os ‘fenômenos espíritas’ em métodos científicos”, explica o neurologista e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Renato Sabbatini. O método científico pressupõe que se deve testar repetidamente e de diferentes formas um fenômeno a fim de prová-lo. No entanto, nem sempre um médium consegue reproduzir de igual maneira a sua mediunidade ou seu suposto contato com os mortos. “Existem muitas coisas que não explicamos agora, mas isso não abala a minha convicção de que usando os métodos adequados ainda iremos descobrir. Até hoje, apenas 1% do cérebro humano foi investigado. É questão de tempo e de acumulação de conhecimento”, acredita.

Uma das áreas da ciência que mais possui estudos que conseguem desvendar alguns fenômenos espíritas é a medicina. O efeito placebo e o fim natural da doença são apontados por especialistas como o porquê das cirurgias espíritas funcionarem. E já foi comprovado que as visões do além que são vistas por pessoas à beira da morte têm causa biológica: são alucinações causadas pelo excesso de dióxido de carbono na circulação sanguínea.
Por sua vez, a psicologia mostra que o inconsciente é o principal personagem para compreender porque as pessoas conseguem falar, ouvir e ver espíritos. “As pessoas ouvem a voz do próprio inconsciente e a atribui aos falecidos”, diz a psicóloga clínica e professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Denise Gimenez Ramos.


sábado, 17 de abril de 2010

Chico Xavier: o sincretismo além do filme

Médium de Uberaba criou um ‘espiritismo à brasileira’ ao inserir na prática da religião espírita valores absorvidos do catolicismo

17 de abril de 2010 | 16h 00

Sandra Jacqueline Stoll

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Visões. Filme não contempla construção da imagem pública nem sua obra literária. Foto: Ique Esteves/ Divulgação

A sedução do espiritismo na sociedade brasileira há muito se projeta na imprensa: sempre que o espiritismo figura como capa de revista, os índices de vendagem aumentam. O filme Chico Xavier, porém, parece ter superado expectativas, com sessões lotadas tanto em bairros de classe média como em cinemas de periferia.

Entretanto, ao contrário do que se pensa, Chico Xavier não representa unanimidade no mundo espírita. Ainda que seguido e admirado por milhões de brasileiros, é do meio espírita mais apegado às tradições kardecistas que vem pesada crítica a seu trabalho. Esse meio questiona a inserção que Chico Xavier fez, na prática da religião espírita, de valores que absorveu do catolicismo, criando assim um "espiritismo à brasileira". Baseado nos princípios e práticas do catolicismo, ele instaurou o que podemos chamar de uma "ética da santidade", consolidada em torno da prática da caridade que exerceu por mais de 70 anos e outros valores monásticos, como a pobreza e a castidade.

É importante, porém, ressalvar que Chico Xavier não criou tal modelo de forma pensada, para dar outra diretriz ao espiritismo no Brasil. Essa construção envolveu tensões políticas, doutrinárias e simbólicas que sua história de vida retrata: de um lado, viu-se envolvido em uma série de conflitos com a Igreja Católica, que não lhe poupou críticas; de outro, na busca de legitimação de sua autoridade acabou por reafirmar elementos simbólicos da identidade religiosa de origem, fortemente marcada por suas experiências de infância, vividas numa pequena cidade do interior de Minas Gerais.

O resultado dessa reinterpretação da doutrina de Allan Kardec causa ojeriza aos grupos que integram a vertente "científica" da doutrina. Mas será que o espiritismo ganharia a expressividade que tem hoje no Brasil se não fosse a força desse vínculo com a tradição católica? Talvez se diluísse como aconteceu na França depois de Kardec: lá, em meados do século 19, não chegou a ter grande expressão. Na verdade, o espiritismo no Brasil, em sua principal vertente, nunca conseguiu fugir do vínculo com o catolicismo. Antes de Chico Xavier, outro grande difusor da doutrina, Bezerra de Menezes, médico do Rio de Janeiro e primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira, notabilizou-se pela introdução de símbolos e ritos católicos mesclados à pratica espírita. No caso de Bezerra de Menezes, é marcante sua devoção a Nossa Senhora e a inserção da Ave Maria nas sessões por ele presididas.

Chico Xavier, por sua vez, não se submeteu à hegemonia orgânica da Igreja Católica, mas inspirou a condução de sua vida pela dominação simbólica do catolicismo. Postura que lhe permitiu avançar a passos largos na construção de sua liderança no meio espírita, o que se deu entre os anos 40 e 50. Até então eram raros os líderes desse meio oriundos das classes populares. Chico Xavier conseguiu, porém, mais do que simplesmente romper a barreira de classe: sob sua liderança, o espiritismo se tornou a terceira opção religiosa do País.

Nesse sentido, ele é um marco na história do espiritismo brasileiro. Seu legado não se resume ao extraordinário volume de obras publicadas - mais de 400, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos. Chico Xavier criou também modelos para a prática da caridade que servem de padrão de conduta tanto para os adeptos quanto para outros médiuns. Sua principal ocupação dos últimos anos - a produção de "cartas" dos mortos endereçadas aos familiares em processo de luto - angariou um sem-número de simpatizantes entre adeptos de outras religiões. Uberaba, cidade onde o médium morava, recebia semanalmente centenas de peregrinos vindos de diferentes partes do País e até do exterior. A maioria não se converteu, mas fazia coro com aqueles que viam em Chico Xavier um "homem santo".

Essa dimensão da construção de sua imagem pública infelizmente não é mostrada no filme. Este também não contempla adequadamente o trabalho literário de Chico Xavier.Nem sequer retrata de forma adequada o caráter inédito e polêmico de seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, tema bem analisado na obra de Marcel Souto Maior, na qual se inspira o filme. A produção da série Nosso Lar, também omitida, teve papel fundamental na propagação de ideias a respeito da vida após a morte.

A propagação do mito Chico Xavier, após sua morte, também se assenta sobre elementos do rito católico, que acabam predominando - já que o espiritismo não tem uma simbologia de cerimonial religioso. Iniciaram-se peregrinações a seu túmulo, orações católicas em grupo (inclusive a Ave Maria), a crença em poderes milagrosos da água que brota de sua estátua no cemitério e o dito popular que "ele é um santo que está no céu". O que vem confirmar que a estruturação da mescla entre o catolicismo e a nova doutrina advém de uma raiz histórica e cultural muito profunda, cuja convertibilidade entre as categorias populares se faz orientada pelo ritual simbólico do catolicismo.

Está em curso o processo popular de santificação de Chico Xavier, a exemplo do que ocorreu com Padre Cícero e outros santos não canônicos. É nesse contexto que devemos olhar para o centenário do nascimento de Chico Xavier como um fenômeno além das expressões e interesses da mídia.

*Sandra Jacqueline Stoll é antropóloga, professora da Universidade Federal do Paraná (UfPR) e pesquisadora do Núcleo de Antropologia Urbana da USP

http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,chico-xavier-o-sincretismo-alem-do-filme,539626,0.htm


quarta-feira, 14 de abril de 2010

O momento do desencarne na Novela


Desencarne do personagem Daniel na novela Escrito nas Estrelas.

Na terça feira desta semana, no segundo capítulo da novela Escrito Nas Estrelas o jovem Daniel sofre um acidente e acaba desencarnando, é claro que por ser uma novela é uma obra de entreternimento nós podemos compreender isto. Mas podemos também analisar as cenas sob a ótica da doutrina espírita, apontando o que esta de acordo ou não.

Olhem como um bom exercício de reflexão e raciocínio.

Voltando agora ao momento do desencarne do rapaz:

No O Livro dos Espíritos, questão 149 Kardec pergunta ao espíritos no que se transforma a alma no instante da morte e eles respondem: “– Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que ela havia deixado temporariamente.” Quando eles falam em retornar ao mundo dos Espíritos não estão querendo dizer que a alma vai para algum lugar, mas ela se libertando da matéria e tornando-se Espírito está no mundo dos Espíritos, que é todo o Universo. Isto fica mais claro na cena da novela, onde Daniel e sua mãe estando no local do acidente assistem aos acontecimentos sem serem percebidos por ninguém. Nós estamos dentro do mundo dos Espíritos mas devido a limitação da matéria não percebemos.

Não estou querendo dizer com isto que ficamos aqui neste planeta, não é isto, apenas quero dizer que o Universo inteiro é o mundo dos Espíritos e a Terra está dentro dele.

Na questão 154 Kardec pergunta se a separação da alma e do corpo é dolorosa, os Espíritos dizem que não, que o corpo sofre mais durante a vida do que no momento da morte, neste momento a alma não sente nada. Daniel, que sofria as dores dos graves ferimentos sofridos no acidente, ao se libertar do corpo sem vida não sente mais nenhum sofrimento físico.

“161. Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente? – Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.” O Livro dos Espíritos.

Como pode ser percebido, no caso de Daniel logo após a vida se extinguir no seu corpo físico, súa alma se separou e numa visão poética poderíamos dezer que despertou.

“160. O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele? – Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a libertar-se das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.” OLE

Daniel foi recebido principalmente por aquele espírito que foi sua mãe nesta encarnação. Ela veio ajudá-lo a se libertar da matéria e vemos isto em dois momentos, no momento da morte do corpo, vemos a imagem da sua mão tocando-lhe o corpo e logo em seguida o espírito se liberta e depois quando ele quer estar junto a moça, a mãe pede a ele que a acompanhe.

“163. Deixando o corpo, a alma tem imediata consciência de si mesma? – Consciência imediata não é o termo: ela fica perturbada por algum tempo.”OLE

“… Nas mortes violentas, por suicídio, suplício, acidente, apoplexia, ferimentos etc., o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê o seu corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado […] Surpreendido pela morte imprevista, o Espírito fica aturdido com a brusca mudança que nele se opera. Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, como continua a pensar, como ainda vê e escuta, não se considera morto.” Kardec, OLE.

Daniel vê sua mãe e se espanta por estarem juntos, não entende o que acontece, olha seu corpo mas mesmo assim não compreende, sente-se reconfortado com a presença da mãe. Quando encontra outros espíritos, que ainda não sabemos quem são, ele demonstra no seu rosto uma expressão de surpresa e incompreensão.

Assim que outras cenas interessantes para uma reflexão sob a ótica da doutrina espírita aparecerem eu as coloco aqui com alguns comentários.

Bjs

ClaudiaC.

Technorati Marcas:

Superinteressante – Sobre Chico Xavier

Retirado de: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=585FDS008#

SUPERINTERESSANTE
Sobre Chico Xavier

Por José Edmar Arantes Ribeiro em 13/4/2010

A última edição da revista Superinteressante (nº 277, de abril de 2010) teve a figura de Chico Xavier como tema de sua principal matéria, que segue da pág. 50 à pág. 59 do número em questão da revista, já referido no título deste artigo. Logo na capa, em sequência a uma pergunta com um erro de concordância verbal, segue outra mal formulada: "Quem foi o homem que fez milhões de brasileiros acreditar em espíritos? Qual o segredo das mensagens que ele psicografou?" (grifo nosso). A revista começa assim, e o mesmo erro de concordância verbal seria repetido na abertura da reportagem em foco, à pág. 50: "Há 100 anos nascia o homem que faria brasileiros de todos os credos acreditar na vida após a morte" (grifo também nosso)...

No índice do número da revista em questão, é afirmado, em relação à matéria em foco: "A Super foi a Minas Gerais descobrir como o médium virou um mito. Encontrou histórias de fé e de mistério – e alguns efeitos especiais." Entretanto, como poderá ser visto em alguns dos itens que discutiremos na subseção "Leviandades" deste artigo, nenhuma pesquisa mais cuidadosa fora feita no sentido de embasar afirmações como a da existência de "efeitos especiais" envolvendo a fenomenologia de Chico Xavier.

Na seção "Escuta", destinada a palavras do diretor de redação da revista, com o título "Com todo respeito", Sérgio Gwercman nos diz: "Respeito você vai encontrar em cada página da reportagem escrita por Gisela Blanco (...) Porque o jornalismo existe nas perguntas (...) É assim que trabalhamos aqui na Super". Infelizmente, não é verdade que encontramos respeito em cada página escrita por Gisela Blanco (basta ver a seção "Leviandades", abaixo). Igualmente, não é verdade que a Super adotara o princípio do questionamento saudável na matéria em questão: a maior parte da reportagem é constituída de afirmações irresponsáveis, que buscam disfarçadamente, porém a todo custo, reduzir a figura de Chico Xavier à de um mistificador carismático.

Nas linhas que seguem analisaremos detalhadamente os problemas apresentados na reportagem em foco.

Os vários problemas apresentados na reportagem serão divididos, a título didático e por ordem de gravidade, em cinco classes: (1) Uma colocação fora de contexto; (2) Um box que nada explica; (3) Informações erradas; (4) Conceitos errados; (5) Leviandades.

Uma colocação fora de contexto

Em meio às suas considerações sobre as repercussões no meio literário da obra Parnaso de Além-Túmulo, psicografada por Chico Xavier e atribuída a espíritos de poetas brasileiros e portugueses, a autora da matéria nos diz:

"A história dividiu o mundo da literatura. Alguns desconfiavam de que tudo não passava de uma fraude. A viúva de Humberto de Campos até tentou na Justiça, sem sucesso, levar os direitos autorais sobre as obras psicografadas do marido. Mas outros o defendiam. `Se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, merece quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras´, declarou Monteiro Lobato" (págs. 55-56).

O trecho sobre a viúva de Humberto de Campos está fora de contexto. Chico Xavier só começara a psicografar Humberto de Campos em 1935, três anos após a publicação do Parnaso. Além disso, o "caso Humberto de Campos" iria ocorrer somente em 1944, doze anos após a publicação do Parnaso! E mais: neste caso, a viúva pedia à Justiça um posicionamento justamente na decisão sobre a autenticidade das mensagens atribuídas a Humberto de Campos. Caso a decisão fosse favorável, a viúva acataria e exigiria os direitos autorais, de modo que este caso não serve para ilustrar a posição daqueles que consideravam que tudo não passava de fraude.

Um box que nada explica

A autora, no box "A Ciência e Chico Xavier", à pág. 56, após dizer que, para cientistas, a explicação da fenomenologia de Chico Xavier estaria em um meio-termo entre a fraude e a hipótese espírita, simplesmente aloca definições de psicose, epilepsia, criptomnésia e telepatia, sem apresentar quaisquer posições de cientistas de que os conceitos mencionados explicariam o caso Chico Xavier!... Não bastasse isso, duas de suas definições estão equivocadas, o que será discutido na seção "Conceitos Errados", mais abaixo.

Informações erradas

1. À pág. 51, a autora diz que a origem de toda a história do fenômeno Chico Xavier foram as cartas dos mortos, e nas páginas seguintes (até a pág. 55) ilustra a afirmação com episódios de pessoas que teriam recebido cartas de seus filhos ou irmãos falecidos. Errado! Chico Xavier começou escrevendo versos de poetas brasileiros e portugueses mortos, que apareceram em Parnaso de Além-Túmulo, obra publicada em 1932 pela Federação Espírita Brasileira que chamou a atenção de vários intelectuais brasileiros pelo estilo dos poemas, fiel ao dos autores aos quais eles eram atribuídos.

2. À pág. 54, é dito que Waldo Vieira fundara um centro de estudos religiosos em Foz do Iguaçu. Errado! O centro fundado por Waldo Vieira é voltado ao estudo da consciência e não tem caráter religioso.

3. À pág. 56, Gisela Blanco escreve o seguinte:

"O que você veria se estivesse na plateia de Chico Xavier na década de 1940? Para começar, um médium sentado em frente a uma cortina, a cerca de 10 metros dos espectadores. (...) Lentamente, vultos brancos apareceriam – os médiuns explicavam que eram espíritos que haviam se materializado".

Errado! Primeiramente, ao que nos consta, Chico Xavier somente iniciara sua atuação pública como médium de materialização em 1952, e pouco tempo depois, em 1953. deixaria de atuar como tal (vide livro Chico Xavier - Mandato do Amor). Depois, nas sessões de materialização o médium mineiro ficava deitado e atrás de uma cortina. Por fim, nestas mesmas sessões, que os vultos eram espíritos materializados podia ser deduzido pelos próprios espectadores.

4. À pág. 57, a autora escreve, referindo-se com ironia aos fenômenos de materialização envolvendo Chico Xavier: "Com shows como esses, Chico foi ficando famoso, graças a reportagens como uma publicada em 1944 por O Cruzeiro (...)". Errado! A reportagem publicada em 1944 pela O Cruzeiro não tratou de fenômenos de materialização envolvendo Chico Xavier. E nem poderia! Nesta época Chico Xavier não atuava como médium para este tipo de fenômeno.

Conceitos errados

1. No final da seção em que a autora trata das cartas de falecidos enviadas a parentes próximos através de Chico Xavier, fenômeno que erroneamente (vide item 1 de nossa seção anterior) fora considerado dentre as primeiras manifestações mediúnicas de Chico Xavier, a autora nos diz o seguinte: "(...) A verdadeira polêmica surgiria no outro filão do médium: os romances" (pág. 55). Entretanto, se lermos os parágrafos seguintes da nova seção ("A Polêmica"), verificaremos que ali o assunto tratado é o livro Parnaso de Além-Túmulo, que é constituído de... poemas e poesias. A autora parece não saber o que é um "romance"...

2. À pág. 56, a autora enfeixou sob o termo "psicose" todos os quadros ditos dissociativos, o que não é aceito pela Associação Americana de Psiquiatria desde 1994 (vide Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), e também considerou "criptomnésia" como um distúrbio da memória, quando não há qualquer razão para categorizar este fenômeno, genericamente, como "distúrbio".

3. Sobre o fenômeno da materialização de espíritos, a autora, Gisela Blanco, às páginas 56-57, escreve o seguinte:

"Registre-se: materializar uma pessoa, ou fazer surgir massa do nada equivalente a um homem de 70 quilos, não seria tarefa fácil. Seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidrelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas e exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70."

Aqui, a autora mistura alhos com bugalhos. O processo de materialização de espíritos não está relacionado à produção de matéria "do nada". Segundo informações dos próprios espíritos, aceitas e de certa forma já verificadas por pesquisadores da fenomenologia espírita como o russo Alexandre Aksakof (1832-1903), o italiano Ernesto Bozzano (1862-1943) e o brasileiro R. A. Ranieri (1919-1989), o referido processo se daria às custas de "desmaterialização" do médium (em maior escala) e dos participantes das sessões (em menor escala).

Leviandades

1. Em caixa alta na primeira página da reportagem (pág. 50), a autora do texto, Gisela Blanco, nos diz que fora o mito Chico Xavier que fizera brasileiros de todos os credos acreditarem em vida após a morte, que mudara a vida de famílias desconsoladas e que colocara a ciência em busca de respostas para seus fenômenos. A matéria, entretanto, não dá subsídios para tal afirmação. Fora o homem Chico Xavier o responsável por tudo aquilo.

2. Às págs. 52-53, lemos o seguinte (grifo nosso): "(...) Célia representa o público cativo de Chico: as mães. Atrás de notícias dos filhos mortos, elas compareciam em massa nos dois centros que Chico teve (…)." Aqui a autora procura imputar um caráter de sedutor ou algo do tipo a Chico Xavier. Pura leviandade.

3. À pág. 54, vemos em letras garrafais: "Show de materialização de espíritos e truques para incrementar as sessões de psicografia. O lado pirotécnico de Chico Xavier provocou desconfiança". Além do comentário estar desvinculado do assunto tratado nas páginas 54-55, a autora desconhece, ou finge desconhecer, que as sessões de materialização não tinham qualquer conotação de espetáculo. Além disso, levianamente, afirma que Chico usara de truques em suas sessões de psicografia, sem ao menos discutir mais amplamente a questão ao longo do texto sobre o assunto, às páginas 56-57, apenas fazendo referência ao caso de um fotógrafo da revista Realidade que, em 1971, teria visto um assessor de Chico Xavier borrifar perfume no ar...

4. À pág. 56, Gisela Blanco nos diz que a desconfiança dos críticos de Parnaso de Além-Túmulo tinha razão de ser:

"Apesar de não ter ido longe na escola, Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida. Colecionou cadernos com recortes de textos e poesias. Comprou livros de sebos em São Paulo. Em sua biblioteca, preservada até hoje em Uberaba, há mais de 500 livros e revistas, com obras em inglês, francês e até hebraico. A lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos".

Mas tem o seguinte: leitor voraz ou não, a autora deixa de revelar, talvez propositadamente, que a biblioteca de Chico Xavier, que ela afirma ter mais de 500 livros e revistas, foi constituída ao longo de toda a vida do médium mineiro, de 92 anos, e que inclui os mais de 400 livros que ele próprio psicografou!... Além disso, o trecho está fora de contexto, pois o tema tratado era Parnaso de Além-Túmulo, primeiro livro de Chico Xavier, muito anterior à biblioteca que ele viria a formar.

5. Ainda à pág. 56, após dizer que das investidas da imprensa Chico Xavier não escaparia ("Eles queriam explicações não só para a linha direta que Chico dizia ter com as celebridades do outro lado, mas também para alguns shows que o médium andava fazendo por aí"), a autora inicia uma subseção com o título "A pirotecnia", sempre procurando incutir um tom humorístico à sua reportagem. O curioso é que Gisela Blanco fala nesta subseção de uma reportagem de 1944 da revista O Cruzeiro, de uma denúncia de Chico Xavier por um sobrinho e sobre o programa Pinga-Fogo de 1971 do qual Chico participara. Estes tópicos, porém, nada tem a ver com o que ela denomina "pirotecnia". Pirotécnica parece-nos a falta de clareza da autora...

6. Ainda sobre as sessões de materialização de espíritos envolvendo Chico Xavier, à página 56 encontramos: "Os personagens principais da noite eram médiuns de outras cidades, acostumados a rodar o país com seus shows." Como já afirmado no item 3 acima, as sessões de materialização não objetivavam meras mostras espetaculares.

7. À pág. 57, a autora escreve:

"(...) Acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um pólo do espiritismo onde contaria com o apoio de amigos. Mas não adiantou muito. A imprensa seguiu na cola. Em 1971 (...)"

Chico Xavier não saíra "fugido" de Pedro Leopoldo, em decorrência de críticas, como o trecho acima parece indicar. Além disso, ao ilustrar como a imprensa seguiu "na cola" de Chico após sua mudança para Uberaba, ocorrida em 1959, a autora cita uma reportagem de 1971, doze anos após... Se pesquisasse melhor, poderia encontrar uma reportagem anterior muito mais ilustrativa ao seu objetivo de denegrir Chico Xavier, como a publicada em uma das edições da revista O Cruzeiro de 1964.

8. Ainda à pág. 57, referindo-se à participação de Chico Xavier em 1971 do programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, a autora escreve: "Por quase 3 horas, o médium foi bombardeado por perguntas. Mas se safou." Ora, safar-se é esquivar-se, escapulir-se, fugir. Assim referindo-se à atuação de Chico Xavier no Pinga-Fogo, a autora parte do pressuposto de que ele teria algo a esconder. Lamentável! Muita falta de imparcialidade.

9. À pág. 58, em garrafais (recurso comum utilizado na reportagem para escancarar as leviandades da autora), lemos: "Órfão maltratado na infância, um piadista quando adulto, vítima de uma série de doenças na velhice. Não foi à toa que Chico Xavier conquistou a compaixão de todo o país." Esta tentativa de desqualificar o real trabalho de Chico Xavier, imensurável, tanto no campo do assistencialismo espiritual quanto material, não foi bem-sucedida. Desde quando ser piadista conquista a compaixão das pessoas? Será que os responsáveis pela matéria não sabem o que significa "compaixão"?...

10. À pág. 59, a autora escreve: "Uma imagem captada pela TV Globo mostrou um raio de sol entrando no quarto do medium [sic] exatamente no dia em que Chico teve uma melhora repentina". Seria mesmo um raio de sol? Cadê as fontes que atestam isto?

11. Também à pág. 59, última do artigo, arrematando o festival de imprudência exibido ao longo de suas páginas, lemos no box "A Indústria de Chico Xavier":

"Dieta do Chico Xavier: revista dos anos 80 publicavam o ritual – meio copo de água pela manhã, com grãos de arroz dentro do copo representando o número de quilos que se quer perder."

Aqui, a matéria procura imputar um caráter ridículo à figura de Chico Xavier e tenta, sorrateiramente, ludibriar o leitor, que poderia pensar que tal dieta fora realmente prescrita pelo médium mineiro, o que não é verdade.

Conclusão

Acreditamos ter deixado claro, pelas considerações acima, que a reportagem "Chico Xavier", veiculada na revista Superinteressante deste mês de abril de 2010 (n. 277), deixa a desejar em quatro aspectos do labor jornalístico de imprensa: ético (vide seção "Leviandades"), cultural (vide seção "Conceitos errados"), investigativo (vide seção "Informações erradas" e itens 7 e 10 da seção "Leviandades") e redacional (vide a "Introdução", as seções "Um box que nada explica" e "Uma colocação fora de contexto", e também os itens 4, 5, 9 e 10 da seção "Leviandades"), e nada mais temos a acrescentar. Como conclusão, apenas uma pergunta: uma revista dessas é confiável?...

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Technorati Marcas:

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mediunidade – Análises cinetíficas

 

O estudo dos fenômenos mediúnicos era restrito às religiões. Hoje, começa a despertar interesse de algumas áreas da Ciência. Confira neste vídeo os resultados de alguns estudos feitos por cientistas a respeito destes fenômenos. O documentário é do programa "Globo Repórter" da Rede Globo, uma reportagem de 2003.
Nesta reportagem também veremos que pesquisas modernas estão revelando que quanto maior o número de um determinado cristal, o mini-cristal de apatita que todos nós produzimos na glândula pineal (glândula localizada no interior do cérebro) maior é a capacidade parapsíquica da pessoa, indicando então, que esta glândula parece ser o equipamento orgânico, fisiológico que nos permite os acontecimentos mediúnicos e isto já foi dito em livros de Alan Kardec psicografados há séculos atrás e no livro Missionários da Luz de Chico Xavier, onde os espíritos diziam que a mediunidade é um fator orgânico e não espiritual.
Os médiuns são como antenas que captam sinais, freqüências vibratórias dos espíritos bons e ruins. Embora a maioria das pessoas nunca sentiram algo mediúnico durante toda a vida, todos nós, segundo os espíritos, temos esta faculdade natural uns mais que os outros porque nem todas as glândulas pineais são iguais, alguns produzem mais cristais que os outros, e estes cristais que são também encontrados natureza captam o campo eletromagnético em nossa volta, campo eletromagnético este que também carregam informações e por isto "talvez" ela possa captar o campo eletromagnético de outras mentes, tanto as encarnadas como as desencarnadas. Os cristais de apatita são muito parecidos com os cristais que são usados em celulares, cristais que captam sinais de outros celulares. Os médiuns às vezes sentem uma leve dor de cabeça em momentos mediúnicos, talvez a dor esteja ligada à glândula pineal ou a produção do mini-cristal de apatita.
Antigamente estas pessoas que possuíam uma mediunidade mais aflorada eram chamadas de profetas e eram até conselheiros de reis; já as tribos indígenas os chamavam de feiticeiros, xamãs e curandeiros; na idade média eram taxados de bruxos e infelizmente morriam na fogueira como a jovem Joana D'Arc que foi considerada mais tarde como sendo uma santa; pessoas muito boas e com certa mediunidade são chamados de santos pelos católicos, pois consideram estas capacidades especiais como sendo milagres, algo de origem divina ou espiritual e não de origem orgânica como dizem os espíritos, já outras religiões acreditam que estas capacidades tão naturais são obras do diabo, como muitos judeus e sacerdotes à dois mil anos atrás, desconfiados, questionaram a respeito da origem dos primeiros milagres de Jesus.
Fenômenos mediúnicos são fenômenos naturais, o cinema principalmente os filmes de terror gostam de passar uma imagem de que estes fenômenos tão naturais são "coisas de outro mundo", coisas demoníacas e super perigosas. Já a imprensa mais conservadora gosta de transformá-los em assuntos sensacionalistas. Fazem isto por vários motivos, um dos motivos é o medo, pois tudo aquilo que é desconhecido para o ser humano, gera o medo. Que não deixa de ser um medo natural.
Estes fenômenos podem e devem ser estudados pela ciência, o problema é que sofrem bastante preconceitos por parte dos cientistas mais conservadores e por isto são pouco estudados, mas isto já começa a mudar!
Edição de 2009 feita por mim:
Fernando Lima Ribeiro

Entenda o projeto Ficha LImpa

Jô Soares entrevista o deputado Indio da Costa que esclarece sobre o projeto Ficha Limpa.

 

 

 

Bjs

ClaudiaC.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Campanha Ficha Limpa

ficha_limpa

Assine pelo fim da corrupção

Olá,

Em breve o Congresso vai votar uma lei que propõe eliminar do processo eleitoral candidatos acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes sérios!

Essa é a nossa chance de dar um passo gigante para acabar com a corrupção no Brasil. Porém, convencer os deputados a aprovarem esta lei não será fácil. Sendo ano de eleição, só vamos conseguir com uma mobilização popular massiva -- assine a petição que será entregue ao Congresso, só leva 2 min!

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/98.php?CLICK_TF_TRACK

Obrigado!

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Leia o alerta completo para mais informações

Caros amigos,

É incrível - mais de 1.6 milhões de brasileiros se mobilizaram contra a corrupção e a petição continua crescendo rapidamente! Nós temos pouco tempo até a votação do Projeto de Lei Ficha Limpa – assine a petição e encaminhe este alerta para todos os seus amigos - nós podemos conseguir 2 milhões de assinaturas!

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/98.php?CLICK_TF_TRACK

Essa lei irá barrar das eleições candidatos que cometeram crimes graves como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e corrupção. Esse pode ser um momento histórico na luta contra a corrupção na política brasileira.

Interesses corruptos são fortes dentro do Congresso e um grupo de deputados vem tentando convencer o Presidente da Câmara, Michel Temer, a não enviar esta lei para votação. Somente uma mobilização em massa poderá fazer com que essa lei seja aprovada - vamos levar 2 milhões de vozes ao Congresso quarta-feira! Assine abaixo:

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/98.php?CLICK_TF_TRACK

A petição da Ficha Limpa invadiu o Twitter e todos os principais jornais do país estão acompanhado a lei e a campanha para passá-la. O Brasil está se erguendo contra a corrupção, levante a sua voz – assine abaixo!

http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/98.php?CLICK_TF_TRACK

Com esperança,

Graziela, Alice, Ricken, Paula, Iain, Pascal, Benjamin e toda a equipe Avaaz

PS. Se você mora em Brasilia, escreva para portugues@avaaz.org

Mais informações sobre a Ficha Limpa:

Projeto Ficha Limpa Invade o Twitter - Correio Braziliense:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/04/04/politica,i=183765/PROJETO+FICHA+LIMPA+INVADE+TWITTER.shtml

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O Livro dos Espíritos:

“Somente a educação pode reformar os homens, que assim não terão mais necessidade de leis tão rigorosas.”


Reportagem sobre mediunidade – RBS SC

Esta foi uma reportagem do Estúdio SC da RBS sobre a mediunidade que foi ao ar dia 11/04/2010.

Bjs

ClaudiaC.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Super Interessante - Chico Xavier - DIRETOR DE REDAÇÃO RESPONDEU !!!!

Amigos,

Segue a resposta do Diretor da Superinteressante.

Bjs

Claudia

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Cara Gioconda,

obrigado pelo contato e pela leitura. É muito importante para nós na Super receber o retorno dos leitores sobre nosso trabalho. Críticas e elogios são importantes para avaliarmos a revista e refletirmos sobre o que publicamos. As mensagens que recebemos sobre Chico Xavier estão sendo lidas por mim, pela editora e pela repórter da matéria e servirão de tema para nossa reflexão.

Tenho tentado responder individualmente a todas as mensagens. Mas como elas são muitas, e tem teor semelhante, redigi um texto explicando a proposta da reportagem e respondendo aos principais questionamentos que temos recebido. É uma mensagem longa, mas acho que merece ser lida. Sabemos que Chico Xavier foi uma figura importantíssima no cenário religioso do Brasil e que é muito querido por diversas pessoas. Como escrevi na minha carta ao leitor, preparamos essa matéria com muito respeito. Procuramos deixá-la equilibrada, apresentando uma visão plural sobre a trajetória de Chico Xavier e trazendo também os requisitos necessários a qualquer trabalho jornalístico - distanciamento, parcimônia e rigor na apuração. Todo o texto foi baseado em profundo trabalho de reportagem e depoimentos de várias fontes, inclusive espíritas, muitas delas citadas na reportagem.

A reportagem deu a Chico Xavier o mesmo tratamento que já demos à Igreja Católica, ao papa, aos evangélicos, a Charles Darwin ou a qualquer outro assunto que publicamos. Afinal, todas as matérias da Super têm a mesma características: sempre buscamos a pluralidade. Fazemos questão de ouvir todos os lados de uma questão. Entrevistamos pessoas que pensem diferente. E deixamos as conclusões para o leitor. Não sobram mensagens nas entrelinhas. E o fato de a Super trazer a versão de fulano ou de beltrano não significa que aquela seja a opinião da revista. Aliás, a Super não tem opinião sobre os temas que reporta. Sei o quanto é frustrante ler ideias que consideramos errôneas. Mas lembre-se que aquilo que você tem como verdadeiro, outra pessoa pode ter como falso. Não cabe à revista decidir quem tem razão. Cabe a nós respeitar pontos de vista. O verdadeiro respeito à livre expressão não está em falar tudo o que queremos, mas em admitir que os outros falem aquilo que não gostamos. Melhor assim: é a única maneira de garantir que sua opinião será sempre terá espaço para ser apresentada. E é por isso que acreditamos tanto que ao escrever sobre qualquer assunto, devemos apresentar ao leitor um leque de opiniões distintas.

Muitas das críticas que recebemos são baseadas em um texto publicado por Richard Simonetti. Sei que ele é uma pessoa respeitada, autor de diversos livros. Mas acho que cometeu uma injustiça com a Super: o da descontextualização. Apresentados como estão os fatos na mensagem dele, não é impossível alguém concluir que a matéria tinha como objetivo atacar Chico Xavier. O que o texto de Richard Simonetti não diz é que a reportagem tinha larga biografia de espíritas e defensores de Chico Xavier. Que a Super apresentou os resultados de estudos positivos sobre a obra de Chico Xavier, como os da Associação Médico-Espírita e a Federação Espírita Brasileira. Que citamos a frase de Monteiro Lobato impressionado com os livros de Chico Xavier ("se produziu tudo aquilo por conta própria, merece quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras".) Que dedicamos amplo espaço às cartas psicografadas e entrevistas de pessoas que diziam ser impossível Chico Xavier conhecer as informações que psicografou. Que contamos que Chico Xavier morreu da maneira como previra: num dia feliz para o Brasil, o da conquista da Copa do Mundo. Que entrevistamos e citamos a opinião de pessoas muito próximas a Chico Xavier, como seu filho, seu médico, a administradora do centro espírita que ele fundou. Está tudo lá na reportagem.

Até o momento, recebemos críticas e elogios ao texto. É normal: as pessoas têm opiniões diferentes. E o debate entre essas opiniões enriquece a todos - é a raiz da construção do conhecimento. Richard apontou uma série de erros que ele viu na reportagem. Muitos, na verdade são trechos que ele gostaria de ver escritos de outra maneira. Nesses casos, só me resta respeitar a opinião dele: como disse, as pessoas tem opiniões distintas. Nós decidimos sempre pensando no equilíbrio do texto. Abaixo, respondo aos casos em que ele aponta uma informação errada, pois temos compromisso com a correção de cada informação que é publicada na Super. O texto dele vai em itálico,  minha resposta logo em seguida, em vermelho.

Obrigado e um grande abraço,
Sérgio Gwercman

Diretor de Redação da Super

Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis. Incongruências de estilo foram apontadas por especialistas consultados pela SUPER, como o professor Alexandre Caroli Rocha, do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Rocha citou especificamente os textos atribuídos a Antero de Quental, que apresentam "dessemelhanças com o original", segundo o professor.

Afirma que "Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida", sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso. Entre as fontes da informação de que Chico Xavier lia, sim, bastante estão pessoas que conviveram, trabalharam com ele e estudaram a vida de Chico Xavier, tanto em Pedro Leopoldo quanto em Uberaba: um antigo colega de trabalho na fazenda; Célia Diniz, administradora do centro espírita fundado por Chico Xavier;  Magali Fernandes, professora da PUC e autora de um livro sobre o Chico Xavier.

E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros? A repórter visitou a biblioteca de Chico e viu pessoalmente obras de Castro Alves e Humberto de Campos lá. Esses são apenas exemplos de autores psicografados por Chico.

Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Não dissemos que a materialização é impossível. Dissemos que ela é muito difícil de ser concretizada. Por uma razão simples: matéria e energia são, no fundo a mesma coisa. Tanto que conseguimos transformar matéria em energia pura - fazemos isso sempre que explodimos uma bomba atômica, por exemplo. Mas fazer o inverso é algo que está além do conhecimento científico atual. Ocorre que não existe um cientista que saiba como pegar energia pura, que se manifesta na forma de luz e calor, e, a partir disso, construir átomos (ou qualquer coisa formada por átomos, como pessoas). E mesmo que soubesse, seria complicado. Para materializar 70 quilos de átomos seria preciso usar mais energia do que o Brasil inteiro consome. Não há qualquer pérola de ignorância jornalística, portanto.

Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias? A reportagem apresenta os dois lados: o relato do repórter José Hamilton Ribeiro, jornalista vencedor do prêmio Esso, o mais importante do Brasil, que narrou o testemunho de um episódio em que perfume era borrifado no ar, e a do casal Muszkat, que que sentiu, sem saber explicar como, um cheiro de perfume durante a sessão de psicografia (página 53, parágrafo sobre Sônia e Roberto Muszkat).

Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre. A informação de que assessores de Chico conversavam com os participantes das sessões de psicografia foi dada por Waldo Vieira, que trabalhou no centro de Chico por anos. É uma informação importante, vinda de uma pessoa que teve contato relevante com Chico Xavier. Portanto, não poderíamos omiti-la na reportagem.

Há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Em nenhum momento dissemos que Chico Xavier divulgava a simpatia. O texto da reportagem diz que "revistas dos ano 80 publicavam o ritual".

Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium. O livro mostra exempos do bom humor de Chico Xavier e de algumas de suas afirmações descontraídas. Por isso, a referência a "piadas". Pedimos desculpas se o autor sentiu que sua obra foi depreciada de alguma maneira.

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