Ele tinha o rosto nu,
Daqueles que nos é tão conhecido.
Corria fugindo de si,
Sem poder ver e sentir.
Em busca de uma palavra,
Circulava por séculos,
Como satélite que orbita
Silenciosamente seu mundo.
Sua identidade se perdeu,
Seus sentimentos se criaram,
Geraram ventos e tempestades,
E esvaíram em enchentes.
Doce paladar fechado,
Obsoleto no que é similar.
Visão de algo sombrio,
Como o beijo de uma mulher.
Tem em si a imagem do universo
A crença do inesperado,
A paciência do solavanco
E a docilidade do furacão.
É tudo que eu posso imaginar,
É mais do que poderia sentir.
Mas mesmo estando além de mim
É apenas um rosto nu.
ClaudiaC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário