quarta-feira, 27 de maio de 2009

Uma história chinesa

Uma história chinesa mostra a transformação radical que ocorre na alma humana ao exercitar o amor pelo outro, manifestado sob a forma de carinho, cuidado e atenção, o húmus fértil onde pode nascer aquele que é o mais precioso dos sentimentos: – "A pequena Sun Tui, esposa do filho de um mercador, tinha como sogra uma megera, que deixava todas as tarefas da casa para Sun Tui fazer. Era um tal de "Sun Tui, faz minhas tranças "para cá, "Sun Tui ", dê de comer aos porcos " para lá, um inferno para a jovem que era ainda quase uma criança. Sun Tui não tinha nem um minuto de descanso e odiava a sogra.

Desesperada, um dia ela foi ao mestre herborista da vila implorar um veneno para colocar no chá da sogra. Contou, chorando, toda a triste história de suas desgraças, e o especialista em ervas decidiu ajudá-la. "Vou lhe dar um veneno potentíssimo, de ação lenta e segura " , disse ele. " Mas é preciso dá-lo aos pouquinhos , todos os dias . Assim ninguém suspeitará de você nem de mim quando sua sogra morrer . Nesse período , para evitar suspeitas , você deve fingir tratar sua sogra com todo carinho , satisfazendo seus caprichos com alegria, cuidando dela com amor e tolerância", continuou o herborista. "Só assim poderei ajudá-la ", concluiu.

Sun Tui aceitou imediatamente as condições e desdobrou-se em cuidados. Antecipava os desejos da megera, trazia flores e mimos para arrancar seus sorrisos , caprichava nos bolos e doces que servia no lanche da tarde. A casa vivia brilhando e ela não reclamava mais ao marido. Mas não se esquecia de colocar o veneno no chá da sogrinha toda noite.

Acontece que, com as novas atitudes da nora, a megera amoleceu . Num dia pediu para Sun Tui sentar e descansar aos seus pés, enquanto lhe contava uma história. No outro, separava um lindo corte de brocado para a jovem fazer um vestido. Ou então presenteava-a com pulseiras e anéis de jade, para que pudesse ficar mais bonita. Quem as visse, pensaria que eram mãe e filha.

Sun Tui também começou a abrandar. O carinho, o cuidado e a preocupação com a sogra passaram a ser reais. E certo dia, arrependida por ter tido vontade de matar sua antiga inimiga, voltou desesperada ao herborista – dessa vez para implorar por um antídoto.

O mestre escutou pacientemente as lamúrias de Sun Tui. Pediu o veneno de volta e ela, obediente, entregou o pacotinho. Diante dos olhos arregalados da menina, o herborista despejou o conteúdo de uma só vez no chá e o tomou. Sorrindo. O velho herborista, que conhecia a alma humana, tinha usado de um artifício para despertar o coração da menina. Nunca houve veneno e nem era preciso o antídoto. Sun Tui tinha aprendido a amar".

Amar é assim, mais que um sentimento platônico é uma forma de conduta; e a conduta reiterada gera o "nosso jeito de ser" perceptível pelo outro. Amar é verbo e verbo é ação:

-É acarinhar, é cuidar, é tolerar, é atender ao outro, é dedicar-se ao outro de uma forma tão constante que o outro passa a confiar nessa relação sem medo de ser ferido em seus sentimentos. Quem ama pratica os verbos do amor sem esperar retribuição. Ama.

Simplesmente ama.

Fonte: Vida Simples – Editora Abril  

sexta-feira, 8 de maio de 2009

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Bjs

Claudia

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