terça-feira, 30 de março de 2010

SE BEBER NÃO DIRIJA!!

Olá amigos,

Esta campanha deve ser abraçada principalmente pelos espíritas, pois compreendem melhor a valiosa oportunidade que é a nossa vida aqui na Terra!

se-beber-nao-dirija

Ia colocar este vídeo do youtube de uma propaganda da TAC de 1989, mas devido às fortes imagens resolvi colocar apenas o link:

youtube.com/watch?v=Z2mf8DtWWd8 (coloque http://www. no inicio)

Aviso novamente que é um vídeo forte com imagens chocantes.

Bjs

ClaudiaC.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Inscrições do Ejepe prorrogadas!

22 março 2010

AS INSCRIÇÕES FORAM PRORROGADAS ATÉ O DIA 28/03 (DOMINGO) e o pagamento deverá ser feito até o ultimo dia de inscrição(28/03).

NÃO DEIXEM PARA A ÚLTIMA HORA. INSCRIÇÕES ÀS TERÇAS-FEIRAS(19 ÀS 21h) E AOS DOMINGOS (15 ÀS 18H).

Mais informações acesse: http://federacaoespiritape.org/o-dia-do-ejepe-esta-chegando/

Os Centros Espíritas e as Declarações junto ao Fisco

24 março 2010

As Casas Espíritas precisam com urgência tomarem três providências nos próximos dias, com vistas a cumprir exigências legais:

a) RAIS -Relação Anual de Informações Sociais: Até o dia 26 de março deverá ser entregue a Declaração da RAIS, mesmo negativa, por não existência de empregados, cujo modelo poderá ser obtido através do GOOGLE, na Internet.

b) DCTF- Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais: Até o 5º dia útil de abril, ou seja, até o dia 7 de abril de 2010, deverá ser entregue a DCTF, referente ao 2º semestre de 2009, sendo, neste caso, necessária a participação de um Contador. A multa pela não entrega da DCTF no prazo é bastante alta, da ordem de R$ 400,00.

c) DIPJ – Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica: deverá ser feita entregue até o último dia útil de junho (este ano, o dia 30 de junho).

http://federacaoespiritape.org/os-centros-espiritas-e-as-declaracoes-junto-ao-fisco/

terça-feira, 23 de março de 2010

Alma Dorme no Mineral?

fosseis

Paulo da Silva Neto Sobrinho


Uma das frases mais comentadas e polêmicas do Espiritismo, atribuída a Léon Denis, é constantemente repetida no meio espírita, mas um estudo mais detalhado da questão nos mostra outra realidade.


É comum ouvirmos essa frase: "A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem", cuja autoria é atribuída a Léon Denis. Só que, curiosamente, até hoje ninguém nos provou que ele tenha dito exatamente isso. Mas, na busca em que nos empenhamos para encontrá-la, acabamos por nos deparar com a frase verdadeira, vejamo-la:


"Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as leis Eternas" (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis. FEB, 1989, p. 123. Grifo nosso)


Obviamente, mesmo em sentido figurado. dormir na planta não é o mesmo que dormir na pedra, que é o assunto que ainda causa polêmica em nosso meio. Bom, a questão é saber se o sucessor do codificador contrariou aquilo que foi dito por ele. Particularmente, acreditamos que não.


Inicialmente, recorreremos ao que ele, Kardec, disse na Introdução da primeira edição de O Livro dos Espíritos:


"Qualquer que seja, é um fato que não se pode contestar, pois é um resultado de observação, é que os seres orgânicos têm em si uma força íntima que produz o fenômeno da vida, enquanto que essa força existe; que a vida material é comum a todos os seres orgânicos e que ela é independente da inteligência e do pensamento: que a inteligência e o pensamento são faculdades próprias de certas espécies orgânicas; enfim, que entre as espécies orgânicas dotadas de inteligência e de pensamento, há uma dotada de um senso moral especial que lhe dá incontestável superioridade sobre as outras, é a espécie humana".
"Nós chamamos enfim inteligência animal o princípio intelectual comum aos diversos graus nos homens e nos animais, independente do princípio vital, e cuja fonte nos é desconhecida
" (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec. IPECE, 2004, p. a 3. FEB, p. 15. Grifo nosso).


Isso foi necessário apenas para verificar que, já na primeira edição desse livro, Kardec, sem meias palavras, disse que "a inteligência e o pensamento são faculdades próprias de certas espécies orgânicas", definindo-as dessa forma:


"Os seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de atividade íntima que lhes dá a vida. Nascem, crescem, reproduzem-se por si mesmos e morrem. São providos de órgãos especiais para a execução dos diferentes atos da vida, órgãos esses apropriados às necessidades que a conservação própria lhes impõe. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as plantas" (p. 65. Grifo nosso).


ENTÃO, SEGUNDO KARDEC, PODEMOS classificar os seres orgânicos em homens, animais e plantas. Quando, no livro A Gênese, ele estuda o Instinto e a Inteligência (Capítulo 111), faz diversas considerações, nas quais vamos encontrar alguma coisa para dirimir possíveis dúvidas. Diz lá:


"O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, se volta para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente; que a flor se abre e fecha alternativamente, conforme se lhe faz necessário; que as plantas trepadeiras se enroscam em torno daquilo que lhes serve de apoio, ou se lhe agarram com as gavinhas. É pelo instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou prejudica; que buscam, conforme a estação, os climas propícios; que constroem, sem ensino prévio, com mais ou menos arte, segundo as espécies, leitos macios e abrigos para as suas progênies, armadilhas para apanhar a presa de que se nutrem; que manejam destramente as armas ofensivas e defensivas de que são providos; que os sexos se aproximam; que a mãe choca os filhos e que estes procuram o seio materno. No homem, só em começo da vida o instinto domina com exclusividade; é por instinto que a criança faz os primeiros movimentos, que toma o alimento, que grita para exprimir as suas necessidades, que imita o som da voz, que tenta falar e andar. No próprio adulto, certos atos são instintivos, tais como os movimentos espontâneos para evitar um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo; tais ainda o piscar das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para respirar, etc." (pp. 64-65. Grifo nosso).


Nessa fala de Kardec fica claro que ele admite o instinto nas plantas, nos animais e nos homens. Mas, "o que tem a ver instinto com inteligência?", poderia alguém nos perguntar. Pois bem, essa dúvida foi respondida pelos Espíritos, que afirmaram que o instinto é uma espécie de inteligência, uma inteligência não racional (resposta à pergunta 73). Um pouco mais à frente, ao comentar a resposta à pergunta 75, o codificador explica:


"O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado".
"O instinto varia em suas manifestações, conforme as espécies e as suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade"
(p. 69. Grifo nosso).


PORTANTO, PELA ORDEM, AS PLANTAS, os animais e os homens possuem o princípio inteligente, variando apenas quanto ao grau de sua manifestação. Entretanto, até agora, não houve nada relacionado aos minerais terem esse princípio, ou que o mesmo tenha, por alguma vez, estagiado em seres inorgânicos. Coisa difícil de entender, já que esses seres não possuem vitalidade; portanto, não estão sujeitos ao "nascer-crescer morrer", ciclo indispensável para que ocorra o progresso intelectual desse princípio.


O esclarecimento a respeito do instinto de conservação vai nos ajudar a clarear mais ainda essa questão. Vejamos em O Livro dos Espíritos:


"702. É lei da Natureza o instinto de conservação?"
"Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de sua inteligência. Nuns, é puramente maquinal, raciocinado em outros".
"703. Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação?"
"Porque todos têm que concorrer para cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem".
"728. É lei da Natureza a destruição?"
"Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos".


Do que concluímos que todos os seres vivos possuem a inteligência em algum grau, que a vida é necessária a seu progresso e que a destruição é necessária para que isso ocorra; então, no que concerne aos minerais, acreditamos que nada disso se aplica.


Voltando ao livro A Gênese, iremos encontrar uma fala de Kardec que, a nosso ver, põe um ponto final sobre como ele via o assunto.
Vejamos quando ele fala da união do princípio espiritual e da matéria, no capítulo XI, item 10:


"Devendo a matéria ser o objeto de trabalho do Espírito, para o desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que pudesse atuar sobre ela, por isso veio habitá-Ia, como o lenhador habita a floresta. Devendo ser a matéria, ao mesmo tempo, o objetivo e o instrumento de trabalho, Deus, em lugar de unir o Espírito à pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados; flexíveis, capazes de receber todos os impulsos de sua vontade, e de se prestar a todos os movimentos".
"O corpo é pois, ao mesmo tempo, o envoltório e o instrumento do Espírito, e à medida que este adquire novas aptidões, ele reveste um envoltório apropriado ao novo gênero de trabalho que deve realizar, como se dá a um obreiro ferramentas menos grosseiras à medida que ele seja capaz de fazer uma obra mais cuidada
" (pp. 182-183. Grifo nosso).


PELO QUE PODEMOS DEDUZIR dessa fala, não há como admitir que o princípio inteligente tenha se estagiado nos minerais, a não ser contrariando o que aqui foi dito por Kardec.


Na explicação da resposta à pergunta 71 (LE), o codificador faz a seguinte consideração:


"A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos e que lhes dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer intercâmbio com o mundo exterior e de prover às suas necessidades".
"Podem distinguir-se assim:
1º - os seres inanimados, constituídos de matéria, sem vitalidade nem inteligência, que são os corpos brutos; 2º - os seres animados não pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência; 3º - os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e tendo a mais um princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar"
(p. 68. Edição da FEB, p. 78).


Classificam-se, portanto, os reinos da natureza em três: o mineral, o vegetal e o animal, conforme essa ordem citada por Kardec. Assim, fica claro, pelo que ele coloca, que o reino mineral não tem vitalidade nem inteligência, o que também se confirma com: "A matéria inerte, que constitui o reino mineral, não tem senão uma força mecânica" (O Livro dos Espíritos. IDE, p. 245). Buscando-¬se também a questão 136a, veremos que a hipótese do princípio inteligente no mineral e de todo improvável, porquanto: "A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica" (idem, p. 91. Grifos nossos).


Conforme descobrimos, essa hipótese está nos livros No Mundo Maior e Evolução em Dois Mundos, da série André Luiz. Não seremos nós quem irá contestar o autor; entretanto, talvez por ousadia, questionamos a seguinte fala dele:


"A crisálida de consciência, que reside no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo, Iibertatório ... " (No Mundo Maior. FEB, p. 45). Como um cristal, que rola no leito de um rio, "morre" para que a crisálida, que possivelmente esteja nele, passe para o estágio evolutivo seguinte? Quando nós usamos esses cristais, incrustando-os nas paredes de nossas casas, a crisálida ficaria ali presa indefinidamente? Devemos proteger os cristais como estamos querendo fazer em relação aos seres vivos dos outros reinos da natureza?


É por essas coisas que temos enorme dificuldade em aceitar tal premissa, que também, se não estivermos enganados, não é aquela que encontramos nas obras da codificação.


Dessa forma nos alinhamos com outros autores, já consagrados no meio espírita, que já responderam à pergunta que dá título a esse nosso texto, com um sonoro não.


Revista Espiritismo & Ciência. Ano 4. nº46.

http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=7915

Obrigada Waldir pela indicação deste artigo.

ClaudiaC.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A alma não existe no mineral!

Digitalizar0005

Primeiro para compreender sobre o que estamos falando, vou colar aqui o conceito de alma e princípio vital que está na introdução do O Livro dos Espíritos: “Pensamos que o mais lógico é tomá-la na sua significação mais vulgar e, por isso, chamamos alma ao ser imaterial e individual que existe em nós e sobrevive ao corpo. […] chamaremos: Princípio vital, o princípio da vida material e orgânica, seja qual for a sua fonte, que é comum a todos os seres vivos, desde as plantas ao homem.”

" A ALMA DORME NA PEDRA, SONHA NO VEGETAL, AGITA-SE NO ANIMAL E ACORDA NO HOMEM."

Esta citação acima é muito difundida no movimento espírita dando a sua autoria à Léon Denis. Eu já tentei encontrar a fonte, já que é uma citação entre aspas o que significa que foi escrita desta forma, mas até hoje não consegui encontrar.

No livro O Problema do Ser do Destino e da Dor somente encontrei o seguinte trecho:


"Nessa cadeia, cada elo representa uma forma de existência
que conduz a uma forma superior, a um organismo mais rico,
mais bem adaptado às necessidades, às manifestações crescentes
da vida. Mas, na escala da evolução, o pensamento, a
consciência, a liberdade aparecem apenas depois de muitos
degraus. Na planta, a inteligência fica adormecida; no animal, ela
sonha; apenas no homem ela acorda, conhece-se, possui-se e
torna-se consciente. A partir daí o progresso, de alguma sorte
fatal nas formas inferiores da natureza, só pode realizar-se pelo
acordo da vontade humana com as leis eternas."

Então me falaram que esta citação foi trazida por Herculano Pires em sua obra Agonia das Religiões, no capítulo 5, fui pesquisar e encontrei este trecho:

“Para Léon Denis, todo o processo de transformação se explica por uma frase genial: A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem.”

Mas Herculano infelizmente não nos diz de onde tirou esta citação e por não colocar entre aspas talvez não seja uma citação fiel ao texto original. Ela difere do trecho encontrado na obra de Léon Denis, por que lá ele fala de inteligência e nem sequer inclui os minerais.

Para resover esta questão teremos que recorrer a Kardec, que na A Gênese diz:

“Esse fluido penetra nos corpos como num imenso oceano. É nele que reside o princípio vital que dá nascimento à vida dos seres, e a perpetua sobre cada globo segundo sua condição, a princípio no estado latente que dormita ali onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura, mineral, vegetal, animal ou de outra espécie, - pois há outros reinos naturais dos quais nem mesmo suspeitamos a existência - por virtude desse princípio vital universal, sabe adequar as condições de sua existência e de sua duração.
As moléculas do mineral têm certa soma dessa vida, assim como a semente e o embrião, e agrupam-se, conforme o organismo, em figuras simétricas que constituem os indivíduos.

Está claro que no mineral não existe alma no sentido de um ser imaterial e induvidualizado, mas existe apenas um princípio vital e aí sim poderíamos dizer que o princípio vital ou a vida dorme no mineral. Para não deixar nenhuma dúvida quanto a não existência da alma no mineral, coloco aqui mais uma explicação de Kardec, agora da Revista Espírita de setembro de 1868, do artigo Alma da Terra:

“Mas, admitindo, por um instante, que o princípio da vida tenha sua fonte no movimento molecular, não se poderá contestar que seja ainda mais rudimentar no mineral do que na planta; ora, daí a uma alma, cujo atributo essencial é a inteligência, a distância é grande. Cremos que ninguém pensou em dotar um calhau ou um pedaço de ferro com a faculdade de pensar, de querer e de compreender. Fazendo mesmo todas as concessões possíveis a este sistema, isto é, colocando-nos do ponto de vista dos que confundem o princípio vital com a alma propriamente dita, a alma do mineral nele não estaria senão em estado de germe latente, pois que nele não se revela por nenhuma manisfestação.”

Leiam com bastante atenção porque Kardec é muito claro e objetivo e afirma que se estiverem falando de alma confundindo com princípio vital, ou seja não o ser imaterial ou espírito, mas aquilo que dá a vida orgânica à matéria, neste caso, sob este ponto de vista podería-se dizer que tem em estado de germe latente. Acho que os espíritas que se dedicam a estudar seriamente a doutrina podem compreender este trecho e perceber o equívoco que o movimento espírita tem feito numa interpretação superficial e confusa da citação dita de Léon denis.

ClaudiaC.

23 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Quem Foi São Thomé?

Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick

. http://www.imagick.org.br/zbolemail/Bol04x01/BE04x6.html

001

"Ver para crer".

É por essa frase que geralmente nos lembramos de TOMÉ (Thomas).

Mas afinal Quem é ele?

"Didimo Judas Tomé": um nome estranho, na verdade trata-se de um apelido.

Segundo especialistas em língua antiga, TOMÉ, em hebreu, significa gêmeo; Didimo, em grego quer dizer gêmeo. É preciso explicar que na Palestina de 2 mil anos atrás, falavam-se três idiomas: o aramaico, do povo; o hebraico dos intelectuais judeus; e o grego dos, comerciantes. Por essa razão, GÊMEO aparece duas vezes. O nome JUDAS, em hebraico quer dizer, agradecimento.

Portanto, é correto dizer que o verdadeiro autor do evangelho de Nag Hammand seria Judas, o gêmeo. Poucos pesquisadores se atreveram a entrar nessa área, e os que fizeram, como Helmut Koester, em sua obra "Os Evangelhos Canônicos e Apócrifos", limitam-se a extraordinários exercícios de raciocínio, diante de trechos do Evangelho de TOMÉ, de Marcos, Mateus e João, que fazem referência aos irmão de Jesus e ao apelido Gêmeo.

No trecho de TOMÉ lê-se:

"...Não, não sou Judas TOMÉ, sou seu irmão.",

Teria dito Jesus ao ser confundido com o apóstolo.

Em Marcos 6:3 e Mateus 13:55 está escrito:

"...Ele (Jesus) não é filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas?"

Em João 11:16 lê-se:

"...Então Tomé, chamado de Gêmeo, disse aos seus companheiros...."

002

O que se pode deduzir daí?...

Em princípio, duas coisas.

A primeira é que Jesus tinha irmãos - e este fato é aceito pela maioria dos teólogos modernos.

A segunda, é que seriam gêmeos, e nesse caso estaria explicado por que algumas pinturas antigas exibiam dois meninos Jesus, juntos, e iguais.

003

Para o egiptólogo Jean Dorrese, essa última hipótese é um absurdo. Na sua opinião, o surgimento daqueles quadros tem outro fundamento: O nascimento de gêmeos, nos primeiros séculos da cristandade, era algo fora do comum e além disso, por convicções religiosos, a tendência dos artistas da época era divinizar seus modelos, em especial as crianças.

Uma outra hipótese mais plausível é de que TOMÉ seria um dos doze discípulos, sim e era o único a saber de todos os códigos de seu mestre. Por essa razão, Jesus chamava-o irmão gêmeo, da mesma forma como hoje se nomeiam os membros de sociedades secretas, como por exemplo, a Maçonaria.

Afinal quem foi Jesus

http://www.casadobruxo.com.br/textos/biblia06.htm

Loiro ou moreno?

Religioso ou revolucionário?

Documentos que devem ser divulgados até o final deste ano podem revelar a verdadeira face de Jesus-homem.

Nunca, ao longo desses 2 mil anos de Era Cristã, falou-se tanto sobre Jesus como nestas últimas duas décadas. Agora mesmo o filme Stigmata, que traz trechos do secretíssimo Evangelho de Tomé, está entre os mais procurados nas locadoras de vídeo. Livros, CDs, revistas - Jesus é top em todas as mídias.

Não é sem razão, portanto, que pesquisadores católicos, judeus, protestantes, místicos e agnósticos estejam mergulhados em leituras mais apuradas do Novo Testamento e examinem o que podem, exaustivamente, de antigos manuscritos descobertos em Israel e no Egito. O objetivo é um só: encontrar pistas mais precisas que revelem quem, de fato, foi o homem de Nazaré.

O resultado desse trabalho de fôlego é que o Jesus fragmentado, quase sempre apresentado apenas como um mito religioso, começa, agora, a tomar novos contornos históricos e pessoais. É verdade que ainda existem controvérsias sobre a sua real personalidade, o que fez e onde esteve dos 12 aos 30 e poucos anos, e o que queria dizer exatamente com suas célebres parábolas. Mas para o quase nada que se sabia de sua existência real, tais controvérsias, que certamente vão atravessar o século 21, são importantes.

Elas permitem questionar, e até mesmo entender, com mais clareza, certas passagens dos evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João. É também, a partir delas, que emerge o Jesus-homem, de idéias meio malucas para sua época, por vezes duro com seus adversários e discípulos, problemático em relação à sua família, e que, conforme ditam as leis naturais, nasceu, cresceu, foi feliz, sofreu e morreu. Jesus, desse modo, é uma outra história.

Ditos de São Tomé

Vamos começar a redescobrir Jesus, indo até o ano de 1945, quando nativos da região de Nag Hammadi, no Egito, acharam cinquenta pergaminhos escritos em copta, língua falada pelos egípcios, nos primeiros anos da cristandade.

Eruditos de peso, como o egiptólogo francês Jean Doresse, e James Charlesworth, teólogo da Universidade de Princeton, nos EUA, surpreenderam-se com parte do conteúdo dos pergaminhos: neles havia revelações sobre Jesus, atribuídas a um tal de Tomé, inexistentes nos textos canônicos. Que o achado arqueológico era autêntico ninguém contestava - alguns especialistas em linguística, inclusive, acreditavam estar diante de uma tradução copta do aramaico, idioma que, como se verá mais tarde, era o mais popular na comunidade judaica em que Jesus viveu. O que não se tinha certeza era se esse Tomé era o mesmo Tomé que compartilhou do ministério de Jesus, na Palestina dominada pelos césares de Roma, por volta dos anos 27 a 30.

A dúvida gerou polêmica. De um lado, a Igreja Católica negava qualquer semelhança entre o Tomé apóstolo e o Tomé de Nag Hammadi. Para o Vaticano, tratava-se de um texto apócrifo, isto é, falso, uma vez que ele não reafirmava as verdades das Sagradas Escrituras. E, com esse argumento, o Vaticano ignorou (pelo menos oficialmente) Tomé. Os cristãos gnósticos, que desde muito tempo vinham colecionando apócrifos, como os Atos de João, o Apocalipse de Pedro e os Atos de Felipe, escritos quase à mesma época dos canônicos, entre 70 e l00 anos depois de Cristo, mas de conteúdo estritamente filosófico, não só reconheceram Tomé como um dos doze apóstolos como batizaram o achado de "Quinto Evangelho". E recorreram a João, capítulo 21, versículo 25, para justificar esta irreverente decisão: "Muitas coisas fez Jesus. Se todas elas fossem escritas, nem no mundo inteiro caberiam os livros sobre ele".

O assunto esquentou mais ainda quando teólogos de renome como William D. Stocker, autor do ensaio "Palavras Extracanônicas de Jesus", anunciaram que os pergaminhos de Nag Hammadi, na verdade não eram inéditos, estavam em voga por volta do ano 320 depois de Cristo. E ao revirar as páginas de livros de historiadores de nossos primeiros séculos, a exemplo de Filon, o Judeu, e Flávio Josefo, chegaram à mais fascinante suposição: o Evangelho de Tomé teria sido, durante muito tempo, o livro sagrado dos essênios, religiosos judeus de rígida conduta moral. Esse é um detalhe significativo, pois como se verá daqui a pouco, ao falarmos dos manuscritos do Mar Morto, os essênios também esperavam por um messias chamado Jesus.

Três Pessoas

Aqui, é preciso abrir parênteses para expor um episódio esclarecedor sobre essas ações tão radicais da igreja primitiva. É que Constantino, imperador romano na época, recém-convertido ao cristianismo, foi pressionado por sua corte a elaborar um conceito de Deus que agradasse às facções cristãs que tinham Jesus como salvador dos pecados do mundo. "Algo parecido com uma moderna negociação de administração única", comenta o professor Eric Butterworth, da Escola de Cristandade, em Lee's Summit, no estado norte-americano de Missouri. Constantino convocou, então, em 325, o célebre Conselho de Nicéia. E, entre tapas e beijos - dois altos dignatários cristãos, Ário e Nicolau de Mira, trocaram socos e depois mesuras durante os debates -, um grupo de homens decidiu que Deus era três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. À revelia naturalmente de Jesus, principal personagem de toda a trama, pois ele, nem no Novo Testamento nem nos apócrifos, jamais se referiu à Trindade. O que, unanimemente, todos os evangelhos expressam é: "Eu (Jesus) e o Pai somos um".

A partir de Nicéia, então, tudo o que não estivesse de acordo com os ditames de Roma era queimado ou, no mínimo, proibido. Isso só não aconteceu com o evangelho de Tomé porque, conta-se, um monge gnóstico copiou-o, encerrou-o numa urna e levou-o para o Egito, onde foi encontrado mais de 1.600 anos depois.

Ver para crer. É por esse dito que, geralmente, nos lembramos de Tomé. Ou Didimo Judas Tomé que era seu nome completo. Mas, afinal, quem é ele? Segundo especialistas em língua antiga, Tomé, em hebreu, significa gêmeo. Didimo, em grego, também quer dizer gêmeo. É preciso explicar aqui o seguinte: na Palestina de 2 mil anos atrás, falavam-se três idiomas: o aramaico, do povo; o hebraico, dos intelectuais judeus; e o grego, dos comerciantes. Talvez por essa razão, gêmeos aparece nas duas versões. Resta o nome Judas, que, em hebraico, é agradecimento. É razoável supor, a partir daí, que o verdadeiro autor do evangelho de Nag Hammadi seria Judas, o gêmeo. Poucos pesquisadores se atreveram a entrar nessa seara, e os que o fizeram, como Helmut Koester, em sua obra Evangelhos Canônicos e Apócrifos, limitaram-se a extraordinários exercícios de raciocínio, diante de trechos do Evangelho de Tomé, de Marcos, Mateus e João que fazem referência aos irmãos de Jesus, e ao apelido gêmeo. No trecho de Tomé lê-se "... Não, não sou Judas Tomé, sou seu irmão", teria dito Jesus ao ser confundido com o apóstolo. Em Marcos 6:3 e Mateus 13:55 está escrito: "...Ele (Jesus) não é o filho do carpinteiro? A sua mãe não é Maria? Não é irmão de Tiago, José, Simão e Judas?". Em João 11:16 lê-se "...Então Tomé, chamado de o Gêmeo, disse aos seus companheiros..".

O que se pode inferir daí? Em princípio, duas coisas. A primeira é que Jesus tinha irmãos - e este fato é aceito pela maioria dos teólogos modernos. A segunda, é que Judas Tomé e Jesus seriam gêmeos, e, nesse caso, estaria explicado por que pinturas antigas exibem dois meninos-Jesus, juntos e iguais.

004

Os Manuscritos

Chegou o momento de folhear o que se conhece dos manuscritos encontrados a partir de 1947 em onze cavernas da província de Qumram, no atual Israel, às margens do Mar Morto. Infelizmente, o que se conhece quase trinta anos depois de se ter achado, em l967, os últimos rolos dos pergaminhos, é muito pouco. A comissão de teólogos de várias correntes religiosas, a metade católicos, que vem sigilosamente estudando os manuscritos, já adiou, por duas vezes, uma em 1970, a outra em 1975, suas conclusões. Nesse meio tempo, o único membro não religioso da comissão, o professor John Allegro, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, protestou publicamente quando soube que a maioria dos rolos ficaria sob a guarda única do presidente da comissão, o padre dominicano Roland de Vaux.

Um desses rolos, em especial, tinha fascinado Allegro: eram passagens do Evangelho de Marcos, datadas de 50 depois de Cristo, e, portanto, anteriores às dos outros evangelhos. Segundo Allegro, esses textos conteriam revelações capazes de mudar, substancialmente, o Novo Testamento. "Espera-se que tudo o que está enrustido venha a público em até o final deste ano, quando devem ser encerrados os trabalhos da indevassável comissão" comenta Allegro. "Será uma boa nova", ironizam cientistas ávidos em devorar o relatório oficial sobre a documentação do Mar Morto. Explica-se a ironia: boa nova é a tradução da palavra hebraica Evangelho.

No momento, resta o consolo de saber o que se tem à mão é pelo menos o suficiente para traçar mais algumas linhas da história que estamos contando. São pedaços de pergaminhos que compreendem, principalmente, literatura religiosa: por exemplo, toda a Bíblia hebraica (Antigo Testamento), à exceção do Livro de Ester, e episódios marcantes da vida dos essênios. A Bíblia, segundo arqueólogos e paleólogos de renome, é mil anos mais antiga que o mais antigo documento aparecido até hoje sobre o assunto.

O Mestre da Retidão

Até aqui, aparentemente, não há nada que sinalize uma ligação entre Jesus e os essênios, como suspeita, por exemplo, o pesquisador, escritor e jornalista Gerald Messadié. Ao ler, porém, trechos de quatro pergaminhos essênios - o Preceito da Comunidade, o Preceito de Damasco, o Preceito da Guerra e o Preceito do Messianismo -, descobriu-se que os membros da seita, quase um século antes de Cristo, eram liderados pelo misterioso Mestre da Retidão. Esse mestre, como Jesus faria mais tarde, pregava o batismo, o jejum, o celibato, e conclamava seus seguidores a repartir seus bens materiais. Tinha o dom da cura - a um simples sinal que fazia com as mãos os doentes ficavam bons - e conhecia as propriedades medicinais de centenas de plantas orientais. Tinha ainda doze discípulos e profetizava a vinda de um Messias de nome Joshua (Josué), que, segundo ele, seria o seu sucessor. Dá para notar que existe uma incrível semelhança entre as prédicas do Mestre da Retidão e as de Jesus. O mais intrigante é que o nome Jesus é uma corruptela de Josué. Por tudo isso, é difícil resistir à pergunta: Jesus teria estado entre os essênios?

O professor John Allegro acredita que há pegadas visíveis de Jesus entre os essênios, principalmente quando se recorre à linguística. Diz Allegro que os essênios usavam o termo kharash (mago) ao se referirem a uma pessoa de poderes extraordinários. E que, nos Atos dos Apóstolos, Jesus é descrito como alguém que produz maravilhas, um kharash. Mais: nos evangelhos canônicos Jesus é chamado de filho do carpinteiro. E, curiosamente, continua Allegro, carpinteiro, em hebraico, também é kharash.

Allegro vai mais além dessas coincidências idiomáticas. Ao garimpar o conteúdo do Preceito da Comunidade, ele encontrou muitos outros pontos comuns em Jesus e nos essênios. Os doze apóstolos de Mestre da Retidão, da mesma forma que os apóstolos de Jesus, costumavam atravessar o deserto da Judéia para levar suas crenças a Jerusalém, Betânia, Cafarnaum e outros centros urbanos da Palestina de então. É ainda curioso que o Mestre da Retidão tivesse reunido seus discípulos para uma ceia regada a pão e vinho, pouco antes de ser preso e crucificado por romanos e judeus. Os essênios colecionavam também provérbios, orações e parábolas idênticos aos transmitidos por Jesus no Sermão da Montanha.

O Messias dos Essênios

Finalmente, a comunidade essênia era conhecida como Nova Aliança, termo aramaico que, mais tarde, os cristãos traduziriam por Novo Testamento.

Diante desse pacote de singulares revelações, e considerando que nenhuma delas aparece no Novo Testamento, o professor Allegro formula duas hipóteses para a questão: ou o Novo Testamento está mal contado ou os essênios são uma mentira. Como os pergaminhos que contêm os preceitos essênios são "isentos de censura , tanto cristã quanto judaica", como sustenta o respeitadíssimo teólogo Geza Vermes, em seu livro Os Manuscritos do Mar Morto, a conclusão para Allegro é óbvia: o Novo Testamento precisa ser revisto.

Quem não tem nenhuma dúvida de que Jesus viveu muito tempo entre os essênios é Gerald Messadié, que, entre outros best-sellers, escreveu O Homem que se Tornou Deus. Messadié, depois de devorar tudo o que pôde sobre Qumram, concluiu, inclusive, que Jesus foi introduzido na seita essênica por seu primo, João Batista. "Ele (Batista) era um essênio: falava a linguagem deles, jejuava, pregava no deserto, e, da mesma forma que o Mestre da Retidão, anunciava a vinda de um messias", esclarece Messadié .

Em todos os trechos canônicos ou apócrifos, porém, João só vai aparecer na história bíblica, às margens do Rio Jordão, praticando o batismo. Como Messadié explica este fato? "Não é bem assim. Há registros no Preceito da Comunidade de um essênio que estaria destinado a batizar o esperado messias e iniciá-lo na vida pública. E foi o que aconteceu com João Batista", argumenta ele.

São muitos os pesquisadores que pensam igual a Messadié. Ninguém melhor, porém, do que o teólogo norte-americano Jack Potter para encerrar esse capítulo sobre Jesus e os essênios. Diz Potter: "Os eruditos estão gradualmente admitindo que Jesus estudou na escola essênica, durante anos. São evidentes os paralelos entre a doutrina de Jesus e a do Mestre da Retidão. E é muito provável que Jesus o tenha sucedido. Mas isso, por enquanto, está sendo visto com reservas, para não abalar os fundamentos de nossa religião cristã".

Enigmas

Desvendando o misterioso sumiço de Jesus desde os 12 anos, quando assombrou os doutores do Sinédrio com sua sabedoria, até o começo de seu ministério, aos 30 e poucos anos de idade, passemos à tarefa de decifrar outros formidáveis enigmas: quando e onde ele nasceu, como era fisicamente, como era sua família, que língua falava, quando e como morreu, e com que idade.

Foi o incansável e aplicado professor John Meier quem, nos últimos cinco anos, mais investigou essas questões, embora não se possam desprezar, também, as diligências de Gerald Messadié e de Geza Vermes. Para que fiquem bem claros os comentários sobre aqueles pontos, nada melhor do que abordá-los em forma de tópicos.

Quando Jesus nasceu - Meier pinça trechos de Mateus e Lucas para supor que Jesus nasceu pouco antes da morte de Herodes, O Grande. De acordo com Mateus 2:16, Herodes, ao saber do nascimento de Jesus, e com receio de que ele fosse mesmo o futuro rei dos judeus, ordenou a morte de todas as crianças do sexo masculino da cidade de Belém e de seus arredores, de dois anos para baixo. Dois anos, então, representariam mais ou menos a idade que Jesus teria na ocasião, e, nesse caso, seu nascimento teria ocorrido cerca de dois a três anos antes da morte de Herodes, ou 6 a 7 anos antes de Cristo.

Tese idêntica é sustentada por Gerald Messadié. Só que, para comprová-la, ele recorre a uma outra passagem dos evangelhos, segundo a qual a chegada do Messias seria precedida de um sinal dos céus. Pois bem, há registros de que Júpiter e Saturno ficaram em conjunção (bem próximos um do outro) durante três vezes no ano 7 antes de Cristo: em maio, setembro e dezembro. O fenômeno era tão raro (houve uma conjunção igual em 1961 e a próxima será no ano 2100) que os astrólogos da época acharam que alguma coisa incomum estava para acontecer na Terra.

Onde Jesus nasceu - Em Belém ou Nazaré? Na opinião de Meier, a primeira das hipóteses apenas justifica antigas crenças judaicas (a dos essênios) de que o Messias descenderia de Davi e da aldeia de Belém. O mais provável, prossegue Meier, é que ele tenha nascido mesmo em Nazaré, pois em muitas páginas dos evangelhos fala-se em Jesus de Nazaré ou Nazareno. No Evangelho de João 1:45, por exemplo, está escrito: "...achamos aquele de quem Moisés escreveu no Livro da Lei e sobre quem os profetas também escreveram. É Jesus, filho de José, da cidade de Nazaré".

O aspecto físico, o idioma - Vários documentos apócrifos, incluindo uma carta de Públius Lêntulus, pró-cônsul da Galiléia, descrevem Jesus como alto, forte, cabelos repartidos ao meio, olhos amendoados, certamente um homem bonito. Parece que Jesus procurava a companhia dos mais humildes porque era mais fácil transmitir-lhes seus ensinamentos, uma vez que falavam a mesma língua, o aramaico, como pensam Geza Vermes , Gerald Messadié e John Meier. Se é assim, muitos dos ditos de Jesus têm que ser repensados, pois a maioria deles foi traduzida do hebraico, que era o idioma das altas classes sociais da época. Um desses ditos, talvez o mais célebre de todos, é Eli, Eli, lama sabachtani, traduzido por Senhor, Senhor, por que me abandonaste? No mais puro aramaico, segundo o escritor Eric Butterworth, o correto seria Senhor (ou Pai), cumpri minha missão.

Quando morreu e com que idade - Se Jesus, como se viu antes, nasceu no ano 6 ou 7 antes de Cristo, e iniciou seu ministério, de acordo com a maioria dos pesquisadores, com cerca de 33 anos, entre os anos 27 e 28, depois exercendo-o por no mínimo três anos, ele teria cerca de 36 anos quando morreu. E isso, de acordo com Joachim Jeremias, um dos gigantes da história da Humanidade, aconteceu no décimo quarto dia de Nissan (o dia de preparação da Páscoa dos judeus), isto é, numa sexta-feira, por volta dos anos 30 a 31 depois de Cristo. Pelos cálculos de Jeremias era um 6 ou 7 de abril.

Como ele morreu? Descartando-se a possibilidade levantada por muitos gnósticos de que não teria sido Jesus o homem levado à cruz, e levando-se em conta os exames feitos no Sudário de Turim por legistas, cardiologistas e ortopedistas, é quase certo que ele tenha morrido por asfixia, algumas horas depois de ter sido crucificado. Foi quando, não se sabe por que, o mesmo céu da Palestina que se iluminou ao tempo de seu nascimento repentinamente escureceu, e, em algumas partes do Gólgota, a terra se abriu. Um mistério mesmo, pois não há registro de nenhum eclipse ou de qualquer terremoto na região naquela fatídica sexta-feira.

E sua ressurreição? É mais um dogma ou de fato aconteceu? Como disse o evangelista João, "muita coisa se contará ainda sobre Jesus". Inclusive que ele foi ressuscitado por seres que vieram de outras galáxias e que tinham acompanhado, às vezes de longe, às vezes bem de perto, sua missão. Seriam esses Ets os anjos que volta e meia surgem, fulgurantes, nos textos dos evangelhos, como imagina o escritor e jornalista espanhol J.J. Benitez, no romance O Enviado? É possível.

Mas essa é uma outra e fantástica história.

Postado pelo A Era do Espírito numa lista social do Yahoo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Ajudando nos problemas

 

Postado por Paulo Coelho em 15 de março de 2010 às 00:30

Pela manhã, o discípulo foi visitar seu mestre.

- Tenho um importante problema para resolver – disse.

- Gostaria que me ajudasse, porque tenho pressa.

- Como posso ajudá-lo? Eu posso saber como me comportar diante de determinado problema, mas esta é a minha maneira de agir.  Se você está procurando crescer, observe os outros, mas jamais procure agir exatamente como eles. Cada pessoa tem um caminho diferente nesta vida.

"Não nos transformamos em mestres porque sabemos repetir o que os  mestres fazem, mas porque aprendemos a pensar por nós mesmos. Descubra sua própria luz, ou passará o resto da vida sendo um pálido reflexo da luz alheia".

http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/

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