quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma vida de aprendizagem e a aprendizagem de uma vida.

Este é um trecho da entrevista de José Alencar, vice presidente da República para a revista Veja.

http://veja.abril.com.br/090909/estou-preparado-morte-p-78.shtml

“O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.”

“É penoso para o senhor praticar a humildade?
Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.”

“Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.”

A doença é sempre uma prova, uma oportunidade de aprendizado e com isto de progresso espiritual.  A doença não é um castigo, não é uma punição no sentido comum, o de provocar dor.

Assim como na infância, quando ficamos no quarto de castigo, sofremos não porque estamos no quarto, mas porque somos privados de satisfazer nossos desejos e nossas vontades. Sofremos por achar que não merecemos estar no quarto.

Um espírito que renasce na Terra com a missão de aprender a conquistar as coisas com o suor do trabalho por exemplo, passará por muitas dificuldades e provações, ele pode sofrer, mas não pelas provas que vivencia, sofre porque acredita não merecer passar por elas, sem compreender que são apenas vivências que possibilitam o nosso crescimento espiritual.

Já ouvi diversas vezes que o espiritismo faz o ‘jogo do contente’, isto é, que um indivíduo num barraco, na miséria, passando por dificuldades deve estar contente pois é para o seu crescimento. Este tipo de pensamento está muito equivocado.

O espiritismo nos proporciona conhecimento para compreender o que estamos fazendo aqui, porque e como podemos melhorar a nossa estadia e progredir como espíritos.

Quando o espiritual passa a ter mais valor que o material, o sofrimento físico torna-se muito mais suportável que o sofrimento moral.

Devemos utilizar e buscar todo o conhecimento possível para proporcionar o bem estar nosso e daqueles que vivem conosco, assim como de todos os que nos for possível ajudar.

ClaudiaC.

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