segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mito da Caverna

Este texto de Platão é muito conhecido, principalmente no meio espírita, mas será que os espíritas perceberam que é sobre eles também?

Imaginem que a caverna de Platão é na verdade uma casa espírita, os espíritas são aqueles homens acorrentados pelas idéias (cabeça) e pela vontade (pés). Eles ficam lá observando as sombras da doutrina espírita. É isto mesmo! Sombras. E quem cria estas sombras são os trabalhadores da casa e principalmente os dirigentes desta.

Independente da forma como ela é orientada, cristã, ortodoxa ou qualquer outra designação, ela mostrará aos espíritas o que eles devem ver ou compreender. Os dirigentes colocarão as pessoas nas cadeiras e dirão estes conhecimentos que verão aqui são a verdade, a realidade, não pensem, não questionem, não debatam, ouçam as palestras e leiam os livros indicados.

Dia a dia os freqüentadores se sentam e admiram aqueles conhecimentos, que não são mentiras, apenas a sombra da verdade. A verdade é o sol. Os objetos são os conhecimentos, nossas criações. O que os homens de Platão admiram é a verdade filtrada pelos nossos conhecimentos.

Quando construímos o nosso conhecimento, através do estudo, da vivência, etc, nós construímos o objeto que será iluminado pela verdade, mesmo não sendo ainda a verdade em si. Mas quando queremos que o outro viva através do nosso conhecimento, sem permitir que ele construa seu próprio conhecimento, o prendemos no fundo da caverna obrigando-o a admirar a sombra daquilo que ele não conhecerá.

Mas um destes espíritas, aquele conhecido como rebelde ou obsediado, resolveu ter vontade própria libertando os pés, começou a pensar, questionar e saiu da caverna. Esse processo traz sofrimento, assim como todo crescimento. Então desejoso de compartilhar isto com seus amigos, ele volta à casa espírita. Lá sente-se confuso novamente pois não vê as coisas como via. Conta o que conheceu, mas não é mais aceito e geralmente é hostilizado.

Infelizmente esta é uma realidade em muitas casas espíritas, muitos destes “hostilizados” vão acabar criando suas CE e repetindo a mesma história. Quanto mais apegados às sombras mais brigam para mantê-las e justificá-las.

Mas lembrem-se que tudo isto é a sombra da minha leitura e reflexão do mito fabuloso de Platão. Tanto faz se pensar igual ou diferente, meu conselho é pense!!

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