terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Origem do Corpo Humano

 

 

Um amigo, após ler o texto Meu Olhar sobre o Tom Azul, me indicou a leitura de um texto da Revista Reformador que falava exatamente sobre um tema abordado. O tema seria a colocação de Divaldo sobre os primeiros espíritos encarnarem em antropóides, símios semelhantes ao homem.

 

A Reportagem "Evolução do homem na Terra" tem suas idéias baseadas principalmente de um trecho da A Gênese, do capítulo Gênese Espiritual (XI), que transcrevo abaixo entre aspas:

 

"Hipótese sobre a origem do corpo humano."

 

"15. - Da semelhança, que há, de formas exteriores entre o corpo do homem e o do macaco, concluíram alguns fisiologistas que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nada aí há de impossível, nem o que, se assim, for, afete a dignidade do homem. Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequada ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o Espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto."

 

"Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser Espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem. Fique bem entendido que aqui unicamente se trata de uma hipótese, de modo algum posta como princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica o Espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco não implica paridade entre o seu Espírito e o do macaco."

 

"16. - Admitida essa hipótese, pode dizer-se que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto (nº.11). Melhorados, os corpos, pela procriação, se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu. O Espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o Espírito humano procriou corpos de homem, variantes do primeiro molde em que ele se meteu. O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco."

 

"Como em a Natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior e não muito também pela inteligência. Em nossos dias ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta parecença com o macaco, que só lhes falta ser peludos, para se tornar completa a semelhante."

 

Kardec é muito claro ao escrever este trecho, afirmou diversas vezes que esta teoria é apenas uma hipótese, e conclui que se na Natureza não há mudanças bruscas, os primeiros homens tinham além do aspecto semelhante aos macacos, também tinham inteligência semelhante.  Contrariando novamente a idéia de que espíritos evoluídos intelectualmente oriundos de Capela teriam encarnado em corpos de antropóides.

 

Pode-se inferir que o Espírito muda o corpo físico, mas sempre indiretamente e este processo é lento e demorado. O espírito através de suas faculdades vai modificando o ambiente em que vive, este ambiente modificado vai estimulando modificações no corpo físico.

 

Por exemplo, o homem enquanto caçador manual necessitava de sua força física e agilidade para garantir sua sobrevivência, nesta época seres com corpos mais frágeis, muitas vezes não sobreviviam ou mesmo não encontravam parceiras para a sua reprodução, este biótipo não era transmitido. À medida que o homem desenvolve um sistema de caça e armazenamento melhor e que exigem menos força física, porém mais astúcia, os homens que são mais fracos encontram uma possibilidade de sobreviverem e de se reproduzirem, passam a transmitir seu biótipo e isto vai ocorrendo gradativamente.

 

Se compararmos nossos corpos atuais com os corpos dos habitantes pré-históricos, iremos notar grandes diferenças, mas a mudança não ocorreu em poucas gerações, nem de uma vez só.

 

Os Espíritos que trouxeram os conceitos da Doutrina Espírita são bem claros: "O princípio das coisas permanece nos segredos de Deus.", provavelmente não conseguiríamos compreender. Mas isto não quer dizer que devemos aceitar e pronto, mas devemos ter o cuidado de dar a uma hipótese, somente o caráter de uma hipótese e não de uma verdade.

 

Claudia C.

 

 

 

 

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